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Interior

Em depoimento a colegas, vereador nega integrar máfia da licitação

Pedro Pepa foi ouvido hoje pela Comissão Processante que conduz pedido de cassação do mandato por quebra de decoro; Cirilo Ramão apresentou atestado médico e depõe no dia 15

Helio de Freitas, de Dourados | 09/04/2019 16:43
Vereador Pedro Pepa no dia em que foi preso durante Operação Cifra Negra (Foto: Adilson Domingos/Arquivo)
Vereador Pedro Pepa no dia em que foi preso durante Operação Cifra Negra (Foto: Adilson Domingos/Arquivo)

Interrogado por colegas que formam a Comissão Processante instalada param conduzir o pedido de cassação do seu mandato por quebra de decoro, o vereador afastado Pedro Pepa (DEM) negou todas as denúncias feitas pelo Ministério Público e afirmou ser inocente.

Ele foi ouvido na manhã desta terça-feira (9) no Plenarinho da Câmara de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. O depoimento seria no dia 17 deste mês, mas foi antecipado após o juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Cível, conceder uma liminar determinando que Pepa fosse ouvido antes das testemunhas de defesa.

A reportagem apurou que ao presidente da Comissão Processante Carlito do Gás (Patriotas), ao relator Janio Miguel (PR) e ao membro Olavo Sul (PEN), Pedro Pepa negou todas as denúncias do Ministério Público, que o aponta como braço direito do também vereador afastado Idenor Machado (PSDB) no esquema envolvendo a cobrança de propina de empresas de tecnologia contratadas pelo Legislativo. Oficialmente o depoimento não foi divulgado pela comissão.

A organização foi desmontada pela Operação Cifra Negra, desencadeada em 5 de dezembro do ano passado, no mesmo dia em que Pepa disputaria a eleição como presidente da Câmara. Preso naquele dia, Pepa ganhou liberdade após duas semanas na PED (Penitenciária Estadual de Dourados).

Dengue – Nesta terça-feira também seria ouvido outro acusado na Operação Cifra Negra, o vereador afastado Pastor Cirilo Ramão (MDB). Entretanto, ele informou à Câmara que está com dengue e o depoimento foi remarcado para o dia 15. Cirilo entregou atestado médico, segundo o presidente da Casa, Alan Guedes (DEM).

As dez testemunhas arroladas por Pedro Pepa e as dez arroladas por Cirilo Ramão depõem nos dias 15 e 16 deste mês. Na semana passada foram ouvidas nove testemunhas arroladas por Idenor Machado, mas o depoimento dele ainda não aconteceu.

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