Em protesto contra governo, professores estaduais fazem paralisação na quinta
Professores cobram diferença de 10,98% de reajuste e não descartam greve por tempo indeterminado
Professores e servidores administrativos de escolas estaduais fazem paralisação de um dia nesta quinta-feira em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Reunidos hoje de manhã no Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), os educadores afirmam que a decisão é decorrente da “indiferença” do governo estadual às reivindicações da categoria e cobram do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) o cumprimento do acordo feito em janeiro, de atender as demandas previstas em lei.
De acordo com a assessoria do Simted, entre as reivindicações feitas ao governo e que ficaram sem uma resposta estão o pagamento da diferença de 10,98% do reajuste previsto na lei do piso, a situação de professores contratados atuando fora da educação, pagamento retroativo de um terço da hora-atividade a partir de 2013, que deveria começar a ser pago no início deste ano, e o reajuste do administrativo, aguardado para maio, conforme a data base de negociação.
Alerta de insatisfação – A diretora do sindicato, Gleice Barbosa, avaliou como necessária a paralisação dos servidores estaduais da educação. Segundo ela, sem uma ação drástica a situação não mudaria. “Não houve sinalização da parte do governo. Por isso precisamos de articulação para mostrar que não estamos satisfeitos com essa situação”. Ela afirmou que a promessa feita em janeiro não se concretizou.
A diretoria do sindicato douradense não descarta uma possível greve por avaliar como “difícil” a possibilidade de acordo entre os profissionais e o governo estadual. “Sabemos como é complicado o relacionamento com o governo, por isso, provavelmente será necessário uma intervenção maior no calendário escolar”, afirmou Gleice.
Na Capital – Na quinta, dia 14, os profissionais de educação participam em Campo Grande participar de uma assembleia na Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação) e na Assembleia Legislativa para acompanhar a votação do projeto de lei que regulamenta a eleição das diretorias escolares.
“As eleições para a diretoria e para o colegiado escolar, como estão hoje, afastam a comunidade da escola. É preciso mudar isso”, comentou José Carlos Brumatti, outro integrante da diretoria do Simted.
A assessoria do governo do Estado foi procurada sobre as reivindicações dos professores de Dourados, mas não se pronunciou até às 15h.