Entidade se retrata após divulgar "fake news" sobre ataque de pitbull a criança
"Fonte confiável" teria dito que o animal que atacou a criança pertencia a um fazendeiro, informou Parlaíndio
O Parlaíndio (Parlamento Indígena do Brasil) divulgou nota de retratação após ter divulgado "fake news" sobre o ataque de um cão da raça pitbull a uma menina de etnia indígena, de 6 anos, na Aldeia Panambizinho, em Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande. O cão não pertencia a um fazendeiro, conforme divulgado pela entidade e outros representantes da causa indígena nas redes sociais.
O boato já havia sido esclarecido mais cedo pelo Campo Grande News, nesta terça-feira (09). Contudo, em nota, o Parlaíndio (Parlamento Indígena do Brasil) informou que "fonte confiável" teria relatado que o animal que atacou a criança pertencia a um dos fazendeiros, que travam conflitos com os indígenas da região.
"No entanto, após, o surgimento, hoje, de uma outra versão, o Parlaíndio optou por retirar imediatamente todas as comunicações sobre o ocorrido até que o fato seja completamente esclarecido", diz trecho da nota. O Parlamento Indígena também lamentou o episódio e informou que segue "buscando a apuração das informações sobre o que de fato aconteceu".
"Em momento algum, a intenção do Parlaíndio foi a de disseminar fake news e é exatamente por esse motivo que estamos dando um passo atrás, reforçando nosso compromisso com a verdade e transparência dos fatos", conclui a nota.
Algumas ONGs já haviam removido as publicações nesta manhã, mas outras pessoas ainda mantinham a publicação. Nesta terça-feira (09) o Campo Grande News conversou com moradores das aldeias de Dourados e todos foram unânimes em afirmar que a menina foi atacada por um cachorro levado para a aldeia pela própria família. Outro fato histórico que ajudou a desmentir o boato é que na Aldeia Panambizinho, localizada no distrito de Panambi, não existe mais conflito por terra.