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Interior

Ex-vereadores perdem recurso e terão de cumprir pena por escândalo de 2011

Sidlei Alves e Humberto Teixeira Junior foram condenados em janeiro de 2014, recorreram para anular as penas, mas Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou recurso

Helio de Freitas, de Dourados | 16/03/2016 09:43
Sidlei Alves no dia em que foi preso, em 2011 (Foto: O Progresso)
Sidlei Alves no dia em que foi preso, em 2011 (Foto: O Progresso)
Humberto Junior cercado por policiais, quando foi preso há cinco anos (Foto: Dourados News)
Humberto Junior cercado por policiais, quando foi preso há cinco anos (Foto: Dourados News)

Os ex-vereadores douradenses Sidlei Alves da Silva e Humberto Teixeira Junior, condenados em 2014 pelo escândalo conhecido como “Máfia dos Consignados”, desvendado em 2011 pela Operação Câmara Secreta, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), perderam o recurso apresentado ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e terão de cumprir as penas.

Sidlei Alves presidiu a Câmara de Vereadores de Dourados e Humberto Teixeira Junior, filho do ex-prefeito Humberto Teixeira (1993-1996), foi primeiro-secretário. Os dois eram considerados detentores de potencial político na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, mas foram “aposentados” da vida pública após serem envolvidos em dois escândalos de corrupção.

Além dos ex-vereadores, o Tribunal de Justiça manteve também a condenação dos ex-servidores da Câmara Amilton Salina, Rodrigo Ribas Terra, Erbes Ribeiro Beatriz, Regina Célia Pincela de Morais, Carlos Alberto Spoladore da Silva e Airton Luiz Daleaste.

Todos foram condenados por peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa. O esquema consistia na falsificação de holerites para fazer empréstimos consignados de forma fraudulenta em nome de funcionários da Câmara.

Sidlei Alves está condenado a seis anos, 11 meses e seis dias de prisão em regime semiaberto, além de pagar 57 dias-multa. Humberto Teixeira Junior, que assinou um acordo de delação premiada com a Justiça, precisa cumprir três anos, cinco meses e 18 dias em regime aberto, além de 29 dias-multa. Os ex-servidores foram condenados a penas de cinco anos de prisão em regime semiaberto.

As penas iniciais, estipuladas pelo juiz Rubens Witzel Filho, eram maiores. Sidlei foi condenado em primeira instância a 11 anos e nove meses de prisão e Junior Teixeira a seis anos e cinco meses. Entretanto, em agosto do ano passado conseguiram reduzir a sentença em recurso julgado pelo Tribunal de Justiça.

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