Funcionários da saúde, reféns de índios em Japorã, são liberados
Os 40 servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio), Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), professores e policiais que estavam desde a manhã de hoje (6) na aldeia Porto Lindo, em Japorã, foram liberados a pouco.
Eles foram ao local para participar da 5ª Conferência de Saúde Indígena. Logo ao chegarem evento, foram avisados que não seriam liberados da aldeia até um representante de Brasília fosse enviado.
Entretanto, nenhum represente de Brasília foi à aldeia, e mesmo assim os servidores foram liberados pelos indígenas ao terminar a conferência, segundo uma enfermeira da Sesai, que, para evitar problemas com os índios, não quis relevar o nome. Ela foi uma das pessoas que ficaram retidas.
A conferência seguiu normalmente durante o dia, já que os servidores não ficaram amarrados, nem foram torturados, e podiam andar livremente no interior da área indígena. Como não há sinal de celular no local, a comunicação foi feita por um orelhão.
Durante o período em que estavam em Porto Lindo, alguns servidores relataram ao Campo Grande News que clima era tenso e que todos estavam em pânico, apesar da presença de seis policiais da Força Nacional de Segurança e dois policiais militares.
“A liberação foi pacífica. Não houve agressão, e fomos embora ao terminar a conferência”, conta uma delas, acrescentando que já estavam na estrada, a caminho de Iguatemi.