ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 30º

Interior

Gaeco volta a Bandeirantes, com ex-secretário e ex-assessor no alvo

Equipe cumpre mandados de busca em endereços ligados a Josimar Omena e Valdinei Porto, mas ninguém foi preso

Anahi Zurutuza | 30/10/2020 09:12
Gaeco esteve na Prefeitura de Bandeirantes no dia 2 de junho e voltou hoje à cidades, mas foi em outros endereços (Foto: Marcos Maluf/Arquivo) 
Gaeco esteve na Prefeitura de Bandeirantes no dia 2 de junho e voltou hoje à cidades, mas foi em outros endereços (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Quase cinco meses depois de deflagrar operação que resultou na cassação do então prefeito Álvaro Urt (DEM), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) está de volta a Bandeirantes.

O Campo Grande News apurou que desta vez, os alvos são ex-servidores da prefeitura, o ex-secretário Municipal de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e Produção, Josimar Omena, e Valdinei Porto, que já foi assessor de comunicação e por meio da Defesa Civil do município coordenava a distribuição do programa Vale Renda na cidade.

O Gaeco cumpre mandados de busca em endereços ligados a eles, mas ninguém foi preso.

Antes - No dia 2 de junho deste ano, equipes do Gaeco, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e do Batalhão de Choque chegaram à cidade 70 km de Campo Grande antes das 6h, e estiveram na Secretaria Municipal de Obras, Gestão Urbana e Habitação e endereços ligados aos integrantes da equipe do ex-gestor.

Na ocasião, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em Bandeirantes, Campo Grande, Dourados e ainda Presidente Venceslau (SP). O objetivo era investigar crimes de peculato, fraude em licitação, falsidade e corrupção, em contratos celebrados pelo município com empresas para a manutenção da frota municipal.

Segundo o Gaeco, sucatas de veículos já colocadas à venda em leilão ainda geravam despesas para a prefeitura como se estivessem rodando normalmente. Por isso, a operação foi batizada de Sucata Preciosa.

A investigação acabou levando  à cassação do prefeito pela Câmara de Vereadoes. Ele, que é fazendeiro na região, também teve a tentativa de volta ao comando indeferida pela Justiça Eleitoral, mas recorre da decisão. Ele tentou se candidatar, mas o registro foi negado e o recurso aguarda julgamento.

Ex-prefeito Álvaro Urt, quando fez sua defesa na Câmara de Bandeirantes (Foto: Reprodução de vídeo) 
Ex-prefeito Álvaro Urt, quando fez sua defesa na Câmara de Bandeirantes (Foto: Reprodução de vídeo)

Agora – O Gaeco não divulgou detalhes da nova investigação. Mas, segundo o ex-prefeito e candidato, ligar o nome dele à investigação é estratégia para prejudicar a campanha. “Isso aí é que sou candidato a prefeito novamente. É um equivoco. Essas pessoas não são ligadas a mim”.

Álvaro Urt afirma que apesar dos dois alvos terem tido cargos em sua gestão, ele não é e nunca foi investigado. “E o que eu tenho a ver? Por que isso envolve meu nome? Tenho de responder pelas minhas ações. Eu não sou nem investigado, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) não denunciou ninguém ainda, nem iniciou uma ação e Câmara fez a cassação mesmo assim”.

O Campo Grande News não conseguiu contato com os outros dois citados.

(Matéria editada às 20h32 para acréscimo de informação)

Nos siga no Google Notícias