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Interior

Governo prevê custo de R$ 34 milhões para resolver falta de água em aldeias

Com 25 mil pessoas, comunidades Jaguapiru e Bororó enfrentam doenças em função de falta de tratamento da água

Caroline Maldonado | 01/07/2023 18:23
Reunião entre representantes do Governo do Estado, MPF e outros órgãos (Foto: Divulgação/Governo MS)
Reunião entre representantes do Governo do Estado, MPF e outros órgãos (Foto: Divulgação/Governo MS)

O Governo do Estado prevê a necessidade de R$ 34 milhões para levar água potável às aldeias indígenas Jaguapiru e Bororó, em Dourados a 233 quilômetros da Capital.  O governo apresentou na sexta-feira (30) o projeto piloto de abastecimento ao procurador da República, Marco Antonio Delfino, e outras autoridades. As comunidades das etnias Terena, Guarani e Kaiowá compõem a maior reserva urbana do País com 25 mil habitantes.

É um projeto piloto e com o aceite pelo Governo Federal, as famílias indígenas terão solução para a situação de doenças enfrentadas pelo consumo de água sem tratamento, segundo o Governo do Estado.

O desabastecimento de água das aldeias em Mato Grosso do Sul voltou a ganhar repercussão após a crise nacional causada pela morte de yanomamis por desnutrição, em Roraima. Algumas medidas emergenciais foram adotadas no primeiro semestre deste ano. A Sanesul atendeu 150 famílias que não recebiam água e eram abastecidas por caminhão pipa.

Na reunião em que o projeto foi apresentado, participaram o deputado federal Geraldo Resende; deputada estadual Lia Nogueira; coordenador estadual do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena), Arildo Alcântara; vereador Laudir Munaretto; presidente da Câmara de Vereadores de Dourados, Márcia Brito; representando a Prefeitura de Dourados, o coordenador adjunto da Funai/Dourados (Fundação Nacional do Índio), Silvio Raimundo da Silva; além de servidores da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul) e Dsei e lideranças indígenas.

O vice-governador José Carlos Barbosa ressaltou o importante passo que o Estado está dando. “Esse projeto é o esforço do Governo do Estado para que possa ter o projeto além das medidas paliativas que a Sanesul realizou nesses meses, já atendendo 150 famílias que não recebiam água e eram abastecidas por caminhão pipa. Hoje, aqui apresentamos uma solução que será definitiva", disse o vice-governador.

O projeto surgiu após a formação do Grupo de Trabalho em fevereiro deste ano, com integrantes da Setescc (Secretaria estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), e sua vinculada Subsecretaria de Políticas Públicas para os Povos Originários; Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena); DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena), MPF (Ministério Público Federal), Funai (Fundação Nacional do Índio) e Sanesul.

“Hoje é um marco para as políticas públicas e garantia da cidadania para os povos indígenas. É o resultado da união de esforços, do grupo de trabalho que começou com a primeira reunião em março deste ano, com a demanda do Governo do Estado para a segurança hídrica nas comunidades indígenas. E essa união resultou hoje neste projeto que será levado a Brasília pela bancada federal junto com o Senado. Nós, então, teremos a execução do primeiro projeto piloto com a garantia da água para todas as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, pensando sempre em não deixar ninguém para trás”, disse a secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Viviane Luiza.

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