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Interior

Granadas jogadas em rádio eram brasileiras, diz promotor do Paraguai

Governo do país vizinho reforçou segurança do presidente do Senado, dono da emissora em que houve o atentado, na sexta

Helio de Freitas, de Dourados | 13/09/2016 08:43
Policiais observam estúdio da rádio Amambay, atingido por granada na sexta-feira (Foto: Porã News)
Policiais observam estúdio da rádio Amambay, atingido por granada na sexta-feira (Foto: Porã News)

As três granadas jogadas contra a rádio Amambay, na noite de sexta-feira (9) em Pedro Juan Caballero, eram de origem brasileira, informou hoje (13) o promotor-chefe do Paraguai, Javier Díaz Verón. Uma granada explodiu sobre o estúdio e provocou ferimentos leves na locutora que apresentava o programa e um entrevistado. Outras duas não explodiram e foram recolhidas no telhado por policiais paraguaios.

A emissora de rádio pertence aos irmãos Robert Acevedo, senador e presidente do Congresso paraguaio, e José Carlos Acevedo, prefeito de Pedro Juan Caballero.

Javier Díaz Verón anunciou que a segurança da família de Robert Acevedo foi reforçada após o atentado. Também na noite de sexta, José Carlos Acevedo recebeu uma mensagem no aplicativo Whatsapp afirmando que o próximo alvo seria o senador.

A mensagem, em português, foi enviada de um celular registrado em nome de Victoriana Benitez de Ayala, 58, moradora em Ciudad del Este, que foi detida em casa e levada a Pedro Juan Caballero para dar explicações, mas não soube dizer porque o chip do telefone foi cadastrado em seu nome.

Verón e Acevedo participaram de uma reunião ontem em Assunção com outros parlamentares paraguaios e com o ministro do Interior, Francisco de Vargas, para discutir a guerra entre narcotraficantes na fronteira seca com Mato Grosso do Sul.

Ministro suspeita de Pavão – Após a reunião, Vargas disse não descartar a hipótese levantada pelo senador Robert Acevedo, de que o atentado à rádio foi apenas para desviar a atenção de outros crimes na região, mas reforçou a suspeita de que o ataque tenha sido ordenado pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, que está preso no Paraguai.

Vargas citou o poderio do narcotráfico na região. O próprio ministro estaria sob ameaça, já que foi ele que liderou a operação que prendeu Pavão, em 2010.

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