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Interior

Ameaçado de morte, senador diz que ataque a rádio é para desviar atenção

Ameaça teria sido feita em mensagem de Whatsapp ao irmão de Robert Acevedo, que é prefeito de Pedro Juan

Helio de Freitas, de Dourados | 12/09/2016 08:10
Policiais paraguaios recolhem granadas que não explodiram, no telhado de rádio (Foto: ABC Color)
Policiais paraguaios recolhem granadas que não explodiram, no telhado de rádio (Foto: ABC Color)
Senador Robert Acevedo foi alvo de ameaça de morte (Foto: ABC Color)
Senador Robert Acevedo foi alvo de ameaça de morte (Foto: ABC Color)

Alvo de ameaça de morte logo após o atentado contra sua emissora de rádio em Pedro Juan Caballero, na noite de sexta-feira (9), o presidente do Congresso do Paraguai, senador Robert Acevedo, disse que o ataque é para “desviar a atenção”.

Logo após o ataque, o irmão do senador, José Carlos Acevedo, prefeito de Pedro Juan, recebeu mensagens via aplicativo Whatsapp, escritas em português, afirmando que o congressista seria o próximo.

Em entrevista na manhã de hoje (12) à rádio Cardinal ABC, de Assunção, Robert Acevedo disse que o ataque à rádio Amambay tem origem na guerra de facções de traficantes em Pedro Juan Caballero, especialmente o grupo liderado pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, que luta para tomar o controle do crime das mãos da quadrilha antes comandada por Jorge Rafaat, executado em junho.

A locutora Patricia Ayala, que apresentava um programa ao vivo, e Ramundo Fariña, que estava sendo entrevistado no estúdio, sofreram ferimentos leves após a explosão de uma granada. Outros dois artefatos jogados contra o prédio não explodiram e fora recolhido do teto por policiais.

O senador disse ter duas teorias para o ataque. A primeira seria que uma das facções ordenou o atentado para acusar o outro lado e a segunda é que os traficantes de drogas queriam chamar a atenção. Mas não descarta também que o objetivo tenha sido ameaçá-lo. “Nenhuma das facções me quer, nem quero que me ame”.

Apesar da ameaça, Robert Acevedo disse que não quer um exército para protegê-lo, mas considera que ninguém está a salvo no país. “O que eu quero é a segurança para as pessoas”. O Senado do Paraguai faz sessão especial agora de manhã para discutir a violência no departamento de Amambay.

Investigação – O promotor de Justiça Óscar Samuel Valdez disse que o prefeito José Carlos Acevedo ainda não fez nenhuma denúncia oficial sobre a suposta ameaça destinada a seu irmão, mas ele já abriu uma investigação e nos próximos dias deve ouvir os dois políticos. Também já está investigando o ataque à rádio

O prefeito de Pedro Juan Caballero afirmou que não registrou boletim de ocorrência sobre a ameaça porque já foi informado pelo promotor sobre a investigação e vai esperar ser chamado para depor.

Segundo José Carlos Acevedo, a ameaça partiu do celular que está registrado em nome de uma mulher, da região de Ciudad del Este. O promotor Valdez também requisitou proteção policial para a família Acevedo.

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