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Interior

População honesta clama por segurança, diz prefeito de Pedro Juan

Após reunião com governador de Amambay, ministro e chefe da Polícia Nacional se encontram com representantes da sociedade

Helio de Freitas, de Dourados | 23/06/2016 11:59
Reunião nesta quinta em Pedro Juan Caballero discute segurança com ministro paraguaio (Foto: Leo Veras)
Reunião nesta quinta em Pedro Juan Caballero discute segurança com ministro paraguaio (Foto: Leo Veras)

A parcela honesta e trabalhadora da população de Pedro Juan Caballero, que representa 99,9% dos moradores, clama por mais segurança na fronteira, afirmou nesta quinta-feira (23) Jose Carlos Acevedo, prefeito da cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, distante 323 km de Campo Grande.

O administrador da cidade onde criminosos travam uma guerra pelo controle do tráfico de drogas e armas, intensificada na semana passada com a execução do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, participou hoje de manhã, no Palácio do Governo de Amambay, de reunião com o ministro do Interior do Paraguai, Francisco de Vargas, e com o comandante-geral da Polícia Nacional, comissário Crispulo Sotelo.

Acevedo cobrou do ministro Francisco de Vargas e de Sotelo o reforço do efetivo da Polícia Nacional e mais armamento pesado para os agentes que combatem o crime organizado na fronteira e pediu também mais ação por parte da Fiscalia, como é chamado no Paraguai o Ministério Público.

Segundo ele, os policiais que trabalham em Pedro Juan Caballero não têm mais plano de saúde e já teve caso de agente ferido em trabalho que morreu por falta de atendimento porque não tinha dinheiro para pagar a conta.

Acevedo disse que em Pedro Juan Caballero, todos os moradores se conhecem e sabem o que cada um faz. “Por que os policiais, que também conhecem a todos, não agem contra os sicários e contra os narcotraficantes?”, questionou o prefeito. “Queremos que a polícia faça o seu trabalho”, disse o político, que administra a cidade pela terceira vez.

“O tráfico é forte aqui em Pedro Juan Caballero, com a presença do PCC, do Comando Vermelho. Tem gente dando tiro nas ruas em plena manhã de domingo. Isso não pode continuar”, afirmou Acevedo.

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