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Interior

Sob onda de violência, cidades organizam passeata da paz dia 25

Reunidas hoje na Câmara de Vereadores de Ponta Porã, autoridades dos dois países decidiram criar o conselho de segurança internacional que vai pedir mais atenção dos governos

Helio de Freitas, de Dourados | 21/06/2016 13:41
Reunião hoje na Câmara aprovou criação de conselho de segurança (Foto: Jornal Che Fronteira)
Reunião hoje na Câmara aprovou criação de conselho de segurança (Foto: Jornal Che Fronteira)

Moradores de Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, e da vizinha Pedro Juan Caballero, no Paraguai, sairão às ruas no próximo sábado (25) para pedir o fim da violência na região, onde uma guerra entre bandidos foi iniciada na semana passada com a execução do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, 56.

Há pelo menos um ano as duas cidades enfrentam os efeitos da matança, que vitimou até um influente político da região, o ex-deputado federal e ex-prefeito Oscar Goldoni, morto no dia 15 de setembro do ano passado e até agora o crime continua sem solução.

A “marcha pela paz na fronteira” é organizada por moradores das duas cidades e está sendo convocada através de redes sociais. O ato deve começar às 13h, partindo da lagoa de Pedro Juan Caballero até o Parque dos Ervais, em Ponta Porã.

“Vamos todos para fora usando roupa branca, que é um símbolo de paz. Estamos cansados de tantas mortes, tanta guerra. Exigimos paz em nossa amada cidade de Pedro Juan Caballero”, afirmam os organizadores.

Conselho – Hoje de manhã, autoridades brasileiras e paraguaias, entre elas o governador do Departamento de Amambay Pedro Gonzalez Ramirez, e o prefeito de Pedro Juan Caballero José Carlos Azevedo, se reuniram na Câmara de Vereadores de Ponta Porã para discutir a escalada da violência.

A primeira medida tomada na reunião é a criação do conselho de segurança internacional da fronteira, com a participação de representantes das duas cidades. Com o conselho, a fronteira tenta ter força para cobrar reforço no policiamento e mais segurança, para fazer frente ao poder de fogo dos bandidos.

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