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Interior

Com presença de paraguaios, vereadores discutem violência na fronteira

Debate ocorre durante a sessão desta manhã; Legislativo reclama de “divulgação exagerada” e diz que população está amedrontada

Helio de Freitas, de Dourados | 21/06/2016 09:04
Prefeito de Pedro Juan (blusa azul) e o governador de Amambay (1º à esquerda) participam da reunião (Foto: Jornal Che Fronteira)
Prefeito de Pedro Juan (blusa azul) e o governador de Amambay (1º à esquerda) participam da reunião (Foto: Jornal Che Fronteira)

A Câmara de Vereadores de Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, promove na manhã desta terça-feira (21) um debate sobre a escalada da violência na fronteira com o Paraguai, principalmente depois da execução do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, 56, ocorrida na noite de quarta-feira passada.

Com a presença de autoridades do Paraguai, a discussão ocorre durante a sessão ordinária da Casa e tenta, segundo a assessoria do Legislativo, encontrar uma forma de reverter a “sensação de insegurança” criada na região.

“A grande repercussão em nível nacional dos últimos acontecimentos relacionados à violência na fronteira está provocando uma situação preocupante entre as pessoas de bem, maioria absoluta da população de Ponta Porã e de Pedro Juan Caballero. Não podemos deixar a fronteira acabar”, afirma a assessoria da Câmara.

Entre as autoridades paraguaias presentes estão o governador do Departamento de Amambay, Pedro Gonzalez Ramirez, e o prefeito de Pedro Juan Caballero, José Carlos Azevedo.

De acordo com o Legislativo de Ponta Porã, por causa da divulgação, “na maioria dos casos exagerada e sem quaisquer critérios”, a população local se sente amedrontada e sem estímulos para retomar a rotina de suas atividades cotidianas.

“A economia das duas cidades já sente os efeitos desta situação, uma vez que a sensação de insegurança que assola a região agrava ainda mais a condição econômica da fronteira, diminuindo drasticamente a presença de turistas no comércio local, bem como o próprio consumo da população. Um exemplo é a redução do movimento nos estabelecimentos de prestação de serviços, como os setores de hotelaria e gastronomia”, alegam os vereadores.

Conforme a assessoria, uma solicitação assinada pelos 15 vereadores de Ponta Porã será encaminhada ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e ao secretário de Segurança Pública José Carlos Barbosa solicitando reforço do efetivo policial “com a máxima urgência”. Ontem chegaram à cidade equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais), a tropa de elite da Polícia Militar.

Para os vereadores de Ponta Porã, mais recursos e reforços da segurança pública e intensificação do patrulhamento e monitoramento ostensivo da faixa de fronteira passarão “confiança” aos cidadãos.

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