HR de Ponta Porã soma 1 mil cirurgias no 1º semestre, maioria ortopédicas
Número é quase o dobro de 2016, apesar do custeio da unidade ter sido reduzido em R$ 400 mil por mês
Das 1.029 cirurgias realizadas no primeiro semestre deste ano pelo HR (Hospital Regional) de Ponta Porã - cidade localizada a 323 km de Campo Grande -, 363 delas foram ortopédicas, que lidera em comparação as outras áreas. A unidade, que não realizava procedimentos eletivos desde 2015, voltou a realizados em abril.
Comparativamente, analisando os números do primeiro semestre do ano passado, antes da implantação do novo modelo de gestão, e o primeiro semestre de 2017, observa-se uma grande evolução nos procedimentos cirúrgicos realizados.
De janeiro a junho do ano passado, foram realizadas no Hospital Regional de Ponta Porã 589 cirurgias, sendo 222 ortopédicas, e o custeio mensal nesta época, quando a gestão ainda era estadual, girava em torno de R$ 2,3 milhões.
Já em 2017, para fazer as 1.029 cirurgias de 2017, foram repassados pelo Governo do Estado, mensalmente, R$ 1,9 milhão. Neste ano, a unidade está sob administração privada, feita em parceria com a gestão pública. Todos os dados apresentados foram disponibilizados pela atual gestora do HR na fronteira.
"Com esses números, nós queremos mostrar à população que, mais do que a falta de dinheiro, o que muitas vezes falta para o sistema de saúde é gestão, pois se consegue fazer mais com menos", destaca o diretor do hospital, Mário César Bittencourt.
Estatísticas do Corpo de Bombeiros mostram que 98% dos acidentes em Ponta Porã envolvem moto. Segundo coordenador da clínica ortopédica do HR, Diego Ricardo Gomes Galeano, grande parte das cirurgias de urgência e emergência são de múltiplas lesões e fraturas. O médico diz também há um crescimento de procedimentos de trauma de fêmur em idosos.
"Infelizmente temos essa realidade dos altos índices de acidentes de moto na fronteira, até mesmo pela facilidade em comprar um veículo desse tipo, mas o mais importante a destacar aqui é que estamos dando assistência e acompanhamento necessário para todos os pacientes, inclusive os das outras cidades", completa o médico.