Identificados os mortos em rebelião; um foi preso em julho, por tráfico
Fernando Florentino da Silva e Luiz Fabiano Bezerra tinham vários antecedentes criminais; Agepen não sabe ainda porque eles foram mortos; detentos estão sendo levados para as celas
Foram identificados os dois presos mortos durante a rebelião que durou 16 horas e terminou na manhã de hoje na penitenciária de segurança máxima de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande.
Luiz Fabiano Bezerra, 36, o “Zorba”, e Fernando Florentino da Silva, também de 36 anos, foram executados por companheiros de cela, por motivos ainda desconhecidos pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
Os dois tinham vários antecedentes criminais. Buscas em sites de notícias e no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul mostram que desde 2008 ele tinha sido recapturado várias vezes pela polícia e reencaminhado ao presídio da cidade.
Em dezembro do ano passado, Luiz Bezerra ganhou o benefício do regime semiaberto, mas no dia seguinte ele se ausentou da cidade, supostamente para trabalhar em Iguatemi, e passou a ser considerado foragido. Foi recapturado em janeiro e mandado de volta para a penitenciária.
Luiz Bezerra estava entre os dez presos feridos que foram levados ontem para a Santa Casa de Naviraí logo após o início da rebelião, mas morreu antes de ser atendido.
Decapitado – Fernando Florentino da Silva foi encontrado decapitado hoje de manhã, quando a tropa de choque da Polícia Militar entrou no presídio e controlou a rebelião.
Fernando da Silva também tinha uma extensa ficha policial. No site do TJMS constam oito processos em que ele aparece como réu, a maioria por tráfico de drogas, roubo e furto.
No dia 25 de julho deste ano, Fernando foi preso pela Polícia Civil de Naviraí junto com Teófilis Portírio Antunes, 30, acusados de envolvimento com uma carga de 3,5 toneladas de maconha que estava em duas caminhonetes abandonadas na “estrada da Balsinha”, zona rural do município.
Fernando e o comparsa foram localizados no bairro Sol Nascente. Teófilis confirmou que dirigia uma das caminhonetes, uma F350, e acusou o comparsa de ser o condutor da Toyota Hilux. Fernando negou participação no tráfico, mas foi indiciado e levado para o presídio, onde foi decapitado dez dias depois.