Imagens mostram vítima do "tribunal do crime" ao ser rendida em mercado
Sandro de Souza, 20 anos, foi executado com dois tiros na testa, acusado pelo PCC de ter furtado veículo do líder da facção
Oito pessoas foram presas pela morte do indígena Sandro de Souza, 20 anos, executado no “tribunal do crime” do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Caarapó, a 283 quilômetros de Campo Grande. O rapaz foi morto com dois tiros na cabeça e jogado no rio, acusado de ter furtado veículo de líder do grupo criminoso.
Os suspeitos foram presos entre terça e quarta-feira, em operação da Polícia Civil. O delegado Cleverson Alves dos Santos disse que eles foram identificados a partir de imagens de mercado local, onde a vítima foi sequestrada.
Nas imagens, Sandro chega de carro com um adolescente no mercado. Os bandidos já estão no local e até entram no mercado, acompanhando o jovem, pegam alguns produtos e saem. Logo depois, os dois foram rendidos e saem no veículo. O jovem foi liberado posteriormente e, o índio, levado para região do Engenho Velho, sendo executado com uma espingarda .28, adaptada para .38
A partir das imagens do mercado, foram identificados Edevaldo Carlos Pereira, Flavio Martines Rodrigues, Guilherme Pereira da Silva e Tatiane Gabriel Acosta. O carro furtado e que seria o motivo do crime pertencia a Edevaldo, também conhecido como “Italiano” e “Padeiro” e seria o líder do PCC no município. Segundo o delegado, não há indícios de que o rapaz tenha realmente furtado o carro.
Depois disso, foram identificadas outras quatro pessoas, sendo que dois não tiveram nomes divulgados, por conta da investigação em andamento: é o proprietário da arma usada no crime e o que outro que guardou a espingarda. Os outros dois não teriam ligação direta com o crime, mas são da facção e foram flagrados com drogas: David Israel Lima dos Santos, 20 anos, e Otair Moreira de Miranda (35).