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Interior

Integrante do núcleo de lavagem de dinheiro de facção é entregue à PF

Tiago Godoy Martti foi localizado em Pedro Juan Caballero; irmão dele também foi preso, em MS

Por Helio de Freitas, de Dourados | 18/09/2024 17:28
Tiago com policiais paraguaios no Posto de Controle Migratório, onde foi entregue à PF (Foto: Divulgação)
Tiago com policiais paraguaios no Posto de Controle Migratório, onde foi entregue à PF (Foto: Divulgação)

O brasileiro Tiago Godoy Martti, 26, preso na madrugada de ontem (17) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na linha internacional com Mato Grosso do Sul, foi oficialmente expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal na tarde de hoje.

Apontado como importante membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) com atuação em núcleos de lavagem de dinheiro, Tiago foi um dos alvos da Operação Vagus, deflagrada ontem pela PF para cumprir mandados em nove cidades de cinco estados brasileiros, entre as quais Ponta Porã.

Como ele estava em território paraguaio, o mandado de prisão internacional para fins de extradição foi cumprido pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). Nesta tarde (18), após os trâmites burocráticos, Tiago foi levado até o Posto de Controle Migratório e entregue a equipes da delegacia da PF em Ponta Porã.

A prisão preventiva de Tiago Godoy Martti foi decretada pela Justiça Federal em Porto Alegre (RS), onde o processo corre em sigilo. O irmão dele, Erico Anibal Martti Junior, 29, alvo da mesma operação, foi preso em Ponta Porã, passou por audiência de custódia ontem e segue recolhido. O mandado contra Erico é de prisão temporária – valido por 30 dias, renovável por mais 30.

Tiago Martti foi localizado em uma casa de alto padrão no Jardim Aurora, em Pedro Juan Caballero. De acordo com a Senad, ele seria importante integrante da rede de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e faz parte de esquema internacional formado por cinco núcleos autônomos instalados no Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.

A estrutura envolve bancos paralelos que utilizam pessoas físicas e jurídicas para lavar dinheiro ilícito através de operações que teriam movimentado ao menos 15 milhões de dólares nos últimos anos.

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