Integrante do PCC é preso em casa com drogas e rifas para financiar facção
Com extensa ficha criminal, Fabrício é acusado de ter participar da morte de um PM aposentado em 2013
O traficante Fabrício da Silva Almerindo dos Santos, conhecido como "Du Nike", foi preso em casa após a Polícia Civil receber denúncias de que ele estava comercializando drogas. Além dos entorpecentes, investigadores encontraram rifas vendidas para financiar a facção.
Segundo informações policiais, na segunda-feira (12), investigadores se deslocaram até a casa de Fabrício, na Vila Piloto, em Três Lagoas, distante 338 km de Campo Grande.
Ao chegarem no local, encontraram um homem correndo pelo corredor da casa e perceberam que era Fabrício. Um cerco foi realizado e o traficante foi levado até à porta. Após conversa e na presença da esposa, ele autorizou uma busca em sua casa.
Em um dos quartos, foi encontrado uma quantia em dinheiro em cédulas de R$ 20 e R$ 10. Foram localizados ainda uma balança de precisão, um aparelho celular, rolos de plástico transparente e uma tesoura.
Na busca, os policiais localizaram um caderno pequeno contendo anotações da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), com um esboço dos dados a serem preenchidos para quem ingressava na facção, como data de batismo e nome de padrinho que indicou.
O traficante confirmou que presta conta para pessoas integrantes do PCC e confessou que ele mesmo fez as anotações. Entre as informações contidas nas anotações, foi apurado que o traficante entrou em contato com algumas pessoas para receber valores, porém sem sucesso.
Foram apreendidos ainda vários talonários de rifa de uma “Ação Entre Amigos”, no valor de R$ 30 cada número, cujos prêmios seriam cinco motocicletas. Fabrício confessou que era para arrecadar dinheiro para o PCC.
Um imóvel localizado nos fundos da residência, onde mora a tia do traficante, também foi vistoriado. No telhado da casa foram localizadas 12 trouxinhas de maconha e 7 trouxinhas de crack, já prontas para comercialização bem como certa quantia em dinheiro em cédulas de R$ 2, que foram apreendidas.
A apreensão totalizou 73 gramas de maconha, 40 gramas de crack, balança de precisão, aproximadamente R$ 570 em moedas e notas.
Conforme a investigação, Fabrício seria “palavra” da organização criminosa naquele bairro. Ele possui diversos registros de ocorrências de tráfico de drogas, roubo e homicídio doloso, sendo inclusive apontado como um dos autores de ter participado do homicídio arquitetado pelo PCC contra um policial militar aposentado em Três Lagoas, em março de 2013.