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Interior

Juiz paraguaio nega que fugitivo que se rendeu foi torturado em presídio

Equipe da Justiça e médicos participaram de inspeção ao condenado e verificaram que não houve agressão

Rosana Siqueira | 23/01/2020 16:49
Cristian Vera que está com tornozelo torcido passou por inspeção médica hoje. (Bondade)
Cristian Vera que está com tornozelo torcido passou por inspeção médica hoje. (Bondade)

O juiz de execução Dalmi Gómez negou as acusações de parentes que disseram que o prisioneiro Christian Javier Vera foi torturado depois de escapar da prisão de Pedro Juan Caballero. A pedido dos pais, Vera se rendeu na tarde de quarta-feira (22), três dias após a fuga em massa do estabelecimento penal de Pedro Juan Caballero, vizinha da sul-mato-grossense Ponta Porã.

Gómez, que entrevistou Vera hoje, destacou que o prisioneiro "não tem traços de tortura", e que isso foi confirmado por um médico e representantes da Ouvidoria e do Ministério da Justiça, entre outros.

O magistrado disse que o único ferimento apresentado pelo preso é um tornozelo torcido. O ferimento, conforme relatado pelo próprio Vera teria sido causado por acidente, quando foi transferido por agentes de investigação criminal da Polícia Nacional, encapuzado e algemado,e tropeçou ao descer do carro-patrulha para onde estava viajando.

Segundo o juiz, Vera foi transferido para o Hospital Regional Pedro Juan Caballero para radiografia, para descartar uma possível fratura no tornozelo. As declarações feitas por Vera depois de se colocar à disposição das autoridades deram força a uma versão de que o túnel cavado pelos prisioneiros na prisão era uma “tela” e que os fugitivos realmente escaparam pela porta principal da prisão.

Policiamento - Hoje pela manhã, 50 agentes da equipe tática da Polícia Nacional paraguaia entraram no Presídio de Pedro Juan Caballero, para escoltar a promotora de Justiça Camila Roja. A ação foi para apurar as denúncias de agressão a Vera

Com a notícia, o segmento responsável pela defesa dos direitos humanos do Ministério Público em Assunção, capital do Paraguai, pediu a diligência ao presídio.

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