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Interior

Juiz solta advogado suspeito de fraude e preso com munições

Dono da empresa que organizou “concurso fajuto”, Christopher Scapinelli foi flagrado com munições

Por Helio de Freitas, de Dourados | 12/06/2024 11:19
Christopher Pinho Ferro Scapinelli, investigado por fraude em Douradina (Foto: Reprodução)
Christopher Pinho Ferro Scapinelli, investigado por fraude em Douradina (Foto: Reprodução)

O juiz Fernando Chemin Cury, da Coordenadoria de Audiência de Custódia de Campo Grande, concedeu liberdade provisória ao advogado e empresário Christopher Pinho Ferro Scapinelli, 41, flagrado ontem (11) com carregador de pistola Glock e 25 munições calibre 40.

A prisão ocorreu na casa dele na Rua Caconde, no Bairro Santa Fé, na Capital, durante mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Sommelier.

Deflagrada ontem pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), a ação investiga fraude em licitação da Prefeitura de Douradina (a 292 km da Capital).

Christopher Scapinelli é dono da Delta Concursos e Treinamentos, contratada pelo município de Douradina por R$ 154 mil para organizar certame destinado a preencher cargos na administração direta do município. O Ministério Público afirma que a empresa é de fachada e funciona no mesmo endereço de uma loja de vinhos em Campo Grande.

Ontem cedo, durante buscas na casa dele, policiais militares em apoio à operação do Gaeco/Gecoc encontraram o carregador de pistola com 10 munições e outros 15 cartuchos intactos dentro de uma meia no guarda-roupa do quarto.

Christopher alegou que havia encontrado o carregador e as munições “encaixotados por engano na mudança” que o material é de seu cunhado, policial federal. Por ser advogado, ele passou a noite na “Sala de Estado Maior” no Presídio Militar Estadual.

Na audiência de custódia, o juiz citou existência de requisitos para a decretação da prisão preventiva e mandou expedir o alvará de soltura. “Não há indícios de que a colocação do custodiado em liberdade poderá prejudicar o andamento da instrução criminal ou a aplicação da lei penal futura”, afirmou.

Não houve necessidade de pagar fiança e apenas duas medidas cautelares foram impostas: manter endereço atualizado nos autos e comparecer a todos os atos do processo para os quais for chamado.

Além de suspeita na contratação da empresa Delta Concursos e Treinamentos, o Ministério Público investiga esquema para aprovação de atuais servidores contratados do município, entre eles a secretária de Saúde Angela Cristina Marques Rosa – aprovada em cargo de coordenadora pedagógica – e o filho dela, Caio Magno Marques Souza, que obteve vaga de motorista.

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