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Interior

Justiça libera prova e novo flagrante contra perita vai “abastecer” corregedoria

Decisão manda compartilhar dados da quebra do sigilo de celular da servidora

Por Aline dos Santos | 24/01/2024 08:55
Caixas de celulares e Nissan Versa apreendidos no dia 10 de janeiro (Foto: Divulgação/DOF) 
Caixas de celulares e Nissan Versa apreendidos no dia 10 de janeiro (Foto: Divulgação/DOF)

A Justiça Federal autorizou o compartilhamento de dados da prisão em flagrante da perita papiloscopista Ana Carla Ferreira Sabacianskis com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Presa pela segunda vez com contrabando, a servidora foi afastada do cargo.

Contudo, o material será usado para a instrução do procedimento disciplinar administrativo, em que a Polícia Civil avalia a conduta da perita e se pode seguir no serviço público. Ela está presa na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

“Defiro o requerimento de compartilhamento de todas as provas de interesse da Corregedoria-Geral da Polícia Civil para instrução do procedimento administrativo disciplinar instaurado em desfavor da investigada, inclusive dos elementos de informação colhidos na extração dos dados contidos nos aparelhos celulares apreendidos, tal como admitido pela jurisprudência (...), pois podem conter elementos relevantes para a instrução do procedimento disciplinar”, informa a decisão do juiz da 2ª Vara Federal de Dourados, Fábio Fischer.

Flagrante – No dia 10 de janeiro, por volta das 10h, na MS-379, próximo ao trevo com a MS-380, zona rural de Laguna Carapã, policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) abordaram o veículo Nissan Versa, conduzido por Ana Carla, tendo como passageiro Sergio Garutti Junior.

No veículo, foram encontrados 255 aparelhos celulares das marcas iPhone e 20 aparelhos da marca Xiaomi. Os eletrônicos estavam escondidos em quatro compartimentos ocultos diferentes (na caixa de som do porta malas, no banco traseiro e nos dois bancos dianteiros).

Sergio se apresentou como ex-policial civil, confessou que o carro era de sua propriedade e que havia convidado Ana para usar sua função pública em possíveis bloqueios policiais, com intenção de evitar busca no veículo. Disse que receberia R$ 2.750,00 pela viagem.

Na PF (Polícia Federal), ele mudou a versão e relatou que o carro era de uma pessoa identificada como Jailson. Sergio afirmou que foi contratado para transportar os telefones do Paraguai até Dourados. De acordo com ex-policial, Ana Carla não teria nenhum envolvimento e estava conduzindo o veículo porque Sergio estava de ressaca. A perita exerceu seu direito constitucional de manter em silêncio.

Na audiência de custódia, ela teve a prisão preventiva decretada, enquanto Sergio deveria pagar fiança de R$ 6 mil.

Em julho do ano passado, a perita foi presa na zona rural de Ponta Porã com uma carga de 252 celulares. Ela estava em um Chevrolet Tracker e foi abordada por equipe do DOF.

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