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Interior

Policial civil é presa em comboio com quase 500 celulares contrabandeados

Papiloscopista lotada na Delegacia de Antônio João foi solta após pagar fiança de três salários mínimos

Helio de Freitas, de Dourados | 28/08/2023 16:24
Delegacia da PF em Ponta Porã, onde policial foi autuada (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Delegacia da PF em Ponta Porã, onde policial foi autuada (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

A perita papiloscopista da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul Ana Carla Ferreira Sabacianskis, 46, foi presa transportando celulares contrabandeados do Paraguai. Lotada na Delegacia de Polícia de Antônio João, na fronteira com o Paraguai, ela estava em comboio que transportava produtos introduzidos ilegalmente no país. Entre a carga estavam 471 celulares.

A prisão foi feita por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) no dia 19 do mês passado, mas só agora o caso veio à tona. Além da policial, foram presos Adelson Aparecido Soares, 52, e Guilherme Tonel Maroso, ambos residentes em Campo Grande.

O Campo Grande News apurou que os três viajavam juntos de Ponta Porã com destino a Campo Grande quando foram abordados por policiais do DOF na zona rural de Ponta Porã.

No Fiat Moby conduzido por Adelson Aparecido Soares foram encontrados um celular, 30 pneus e 250 pacotes de cigarro. Guilherme conduzia um Hyundai Creta onde estavam 219 celulares.

Já a perita papiloscopista carregava 252 celulares em um Chevrolet Tracker. Levados para a Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, os três foram autuados em flagrante por crimes de contrabando e descaminho. Guilherme pagou fiança estipulada pelo delegado da PF e foi solto. No dia seguinte, Ana Carla e Adelson passaram por audiência de custódia na Justiça Federal e também foram soltos. Ela ficou em silêncio.

Para justificar a liberdade provisória, o juiz federal Ricardo Duarte Ferreira Figueira citou que os presos não registram maus antecedentes, os crimes foram cometidos sem violência ou grave ameaça e há ausência de envolvimento em organização criminosa.

“Mesmo entendendo que a prisão preventiva seria cabível e apesar dos fortes indícios de autoria que pesam sobre os custodiados, analisando todas as circunstâncias, concluo ser possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, por serem mais proporcionais e adequadas para a hipótese, especialmente em razão de sua primariedade e do fato de possuírem filhos menores de idade”, afirmou.

Para Adelson Aparecido Soares, o juiz determinou fornecimento de endereço e outros meios para ser localizado; compromisso de comparecer a todos os atos do processo e apresentar comprovante de residência atualizado; comparecimento virtual mensal à 1ª Vara Federal de Ponta Porã para justificar suas atividades; proibição de sair do país e de frequentar qualquer cidade ou região de fronteira até o término da ação penal e não se envolver na prática de qualquer outra infração penal.

Ana Carla Ferreira Sabacianskis teve de pagar fiança de três salários mínimos; indicar endereço de sua residência; compromisso de comparecer a todos os atos do processo; comparecimento virtual mensal à 1ª Vara Federal de Ponta Porã para justificar suas atividades; comunicar mudança de endereço; comunicar ausência de seu domicílio por prazo superior a 8 dias e não se envolver na prática de qualquer outro crime.

Na quinta-feira (24), a policial compareceu à Justiça Federal em Ponta Porã para a primeira justificativa mensal sobre suas atividades. O Campo Grande News procurou a assessoria de imprensa da Polícia Civil sobre o caso, mas a corporação ainda não se manifestou. A reportagem apurou que Ana Carla está afastada das funções por licença médica.

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