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Interior

Máfia do cigarro teve 95 carros apreendidos, inclusive picape de R$ 1 milhão

Operação contra lavagem de dinheiro também recolheu moto de 1.200 cilindradas, dinheiro em espécie e jet ski

Helio de Freitas, de Dourados | 17/08/2023 12:21
Silverado de R$ 1 milhão e Hilux estão entre veículos apreendidos ontem (Foto: Divulgação)
Silverado de R$ 1 milhão e Hilux estão entre veículos apreendidos ontem (Foto: Divulgação)

A Operação Collector, deflagrada ontem (16) pela Polícia Federal e pela Receita Federal contra o esquema de cobrança e lavagem de dinheiro da máfia do cigarro radicada na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, apreendeu 95 veículos, entre eles uma caminhonete GM Silverado prata que vale em torno de R$ 1 milhão.

Conforme balanço da operação divulgado hoje pela PF, também foram apreendidos um jet ski, uma moto 1.200 cilindradas, 25.150,00 reais em espécie, 1.200.000,00 guaranis, 100 dólares, 26 celulares, 9 notebooks, 5 HDs de computadores, pen drives, contratos, notas promissórias e grande quantidade de cheques em nome de terceiros.

Ontem, 21 mandados de busca e apreensão e 21 ordens de sequestro e suspensão de atividade de seis empresas foram cumpridos em Naviraí, Caarapó, Itaquiraí e Mundo Novo. Segundo a Receita Federal, que integra a operação, houve mandado também em São Paulo (SP).

Os alvos integram organização criminosa especializada na lavagem de capitais oriundos do contrabando de cigarros e de outros crimes fronteiriços.

As investigações mostraram que a dois grupos foram constituídos pela organização. O primeiro era responsável pela cobrança do dinheiro obtido na venda do cigarro contrabandeado. O pagamento tinha de ser feito em dinheiro, veículos ou imóveis e se fosse preciso, agia com violência para receber as dívidas, com 20% a título de comissão.

Já o segundo grupo era responsável por fornecer veículos para utilização dos cobradores, bem como vender outros automóveis que a organização recebia como pagamento pelo cigarro fornecido. Em Naviraí, duas revendas de veículos foram fechadas por ordem judicial.

Os investigadores descobriram que familiares e funcionários de revendedora de automóveis, além de outros “laranjas”, foram utilizados para blindar o patrimônio e ocultar os reais beneficiários das atividades ilícitas.

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