Justiça nega pedido de liberdade a suspeito de participação na morte de Vitória

A Justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva de José Antônio dos Santos, 60 anos, um dos suspeitos de participação na morte de Vitória Caroline de Oliveira Honorato, 15 anos, em Ivinhema, distante 289 quilômetros de Campo Grande.

A decisão de ontem (2) acompanha o parecer do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que foi contra a revogação da prisão. Segundo a defesa do suspeito, não ficou demonstrada a participação de José no crime e, por isso, não havia motivos para mantê-lo preso.

Além de José, estão presos Lucas da Silva Cordeiro, 23 anos, e Nilton Fernandes de Souza, 39 anos. Primeiro a ser preso, Nilson confessou ter participado da ocultação de cadáver e apontou ainda Lucas como o assassino. José teria sido chamado para ajudar a esconder o corpo da vítima.

Reconstituição – A Polícia Civil fará a reconstituição do crime para saber como e onde Vitória foi abordada e por quem. "Nesse caso, é muito importante entender onde ela foi abordada, vinha de onde, quem a abordou, a distância que o corpo foi carregado e por quem. Porque ela pesava cerca de 48 kg e foi carregada por mais ou menos 2 quilômetros. É difícil que uma pessoa só tenha a carregado por essa distância", explicou o delegado Felipe Alvarez Madeira.

Ainda segundo Felipe, dos presos pelo crime, apenas Nilson aceitou participar da reconstituição. Os outros dois não aceitaram, inclusive, a princípio, negaram o crime, mas permaneceram em silêncio durante depoimento.

Feminicídio – Vitória Caroline de Oliveira Honorato estava desaparecida desde às 22h de terça-feira (25), quando foi vista pela última vez pela irmã, na frente da casa onde morava, no Bairro Triguenã. Familiares, amigos, polícias Civil e Militar realizaram buscas pela adolescente por 3 dias seguidos, com ajuda de drone e cães farejadores. O corpo dela foi encontrado no sábado (29).