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Interior

Mãe confunde homem decapitado com filho desaparecido, mas depois volta atrás

Júlio Cesar Ocampos Monges continua desaparecido na região de fronteira

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 27/09/2021 22:48
Cartaz deixado junto ao corpo da vítima. (Foto: Direto das Ruas) 
Cartaz deixado junto ao corpo da vítima. (Foto: Direto das Ruas)

Depois de confirmar que o corpo encontrado decapitado em uma área do Exército paraguaio era do seu filho, que está desaparecido, uma mãe voltou atrás da decisão no final da tarde desta segunda-feira (27), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande.

Emocionada, a mulher teria se enganado ao ver as tatuagens pelo corpo da vítima e dito que o corpo era do seu filho, Júlio Cesar Ocampos Monges. No entanto, quando outras partes do corpo foram encontradas e com a ajuda de outros familiares, foi descartado que o cadáver era de Monges, que continua desaparecido.

A informação foi confirmada pelo comissário da Polícia Nacional do Paraguai, Jorge Vidallet. Conforme o comissão, há duas pessoas desaparecidas desde o final de semana na região de fronteira, sendo o paraguaio Jorge Ocampos e um brasileiro.

O corpo encontrado decapitado nesta segunda-feira foi levado para o necrotério do Hospital Regional de Pedro Juan Caballero e a Polícia Nacional vai pedir a ajuda para a polícia brasileira para ajudar no reconhecimento. As autoridades paraguaias encontraram um passaporte junto ao corpo, que poderá facilitar o trabalho de identificação.

Junto ao corpo, também havia um cartaz onde estava escrito "nós do crime estamos deixando claro que não iremos maios admitir covardias cometidas por esses justiceiros, seja quem for".

A principal suspeita é de que o assassinato tenha sido cometido por integrantes do grupo de "Justiceiros da Fronteira". Pelas tatuagens no corpo do homem, ele seria um dos sequestrados ontem na fronteira e faria parte do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Fronteira sangrenta - Esta foi a quarta execução atribuída ao grupo de "Justiceiros" desde sábado, quando o brasileiro Rogerio Laurete Buosi, 26, natural de Rondonópolis (MT), foi executado a tiros de pistola na casa onde vivia, no Bairro Defensores Del Chaco, em Pedro Juan Caballero. Ele morava na cidade paraguaia há dois meses.

Segundo caso ocorreu hoje, por volta de meio-dia, no lado paraguaio, onde Jorge Ortega García, 27, foi morto com tiros de fuzil por três matadores em uma caminhonete Renault verde. Também hoje, execução vitimou o ex-vereador e empresário Joanir Subtil Viana, 53. Ele foi executado a tiros por volta de 13h30, no centro de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

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