Máquina de asfalto sem uso há três anos é alvo de investigação do MPMS
Prefeitura de Rio Brilhante alega que quis economizar, mas compras de insumos deram desertas
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) instaurou um inquérito civil para investigar eventual dano ao erário em decorrência da aquisição de usina de asfalto pelo Município de Rio Brilhante, a 161 km de Campo Grande.
A denúncia chegou a 2ª Promotoria de Justiça em setembro e virou notícia de fato em novembro do ano passado.
Conforme as informações repassadas para o promotor Alexandre Rosa Luz, a Prefeitura da cidade comprou em junho de 2021 uma usina processadora de concreto asfáltico usinado a quente e espargidor rebocáveis no valor de R$ 900 mil. No entanto, o equipamento nunca foi usado.
O MPMS deu um prazo de dez dias para que o município apresente provas da compra da máquina e explique qual a situação do equipamento hoje.
O prefeito Lucas Foroni (MDB) atendeu a reportagem do Campo Grande News e justificou o motivo da não utilização da usina. “As licitações para aquisição da matéria prima do asfalto deram desertas. As distribuidoras fecham com as grandes empresas e por isso, não encontramos fornecedores. Já estamos movendo novo processo licitatório”, explicou.
De acordo com ele, 10% da cidade ainda está sem asfalto, sendo parte no Parque Industrial e no distrito de Prudêncio Thomaz (Aroeira). Como não houve avanço na licitação, outras empresas foram contratadas nesses últimos três anos para realizar o serviço.
“Não houve dano ao erário, porque se eu fizer, em último caso, um leilão e vender a máquina o dinheiro seria resgatado. O que faltou foi informação na hora da compra, porque a intenção era economizar até 50% para fazer o asfalto por conta própria, mas apanhamos nas licitações que deram vazias. Nosso objetivo era não ficar dependente de empresas”.
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