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Interior

Menino morreu enquanto pai estava na casa, revela médico do Samu

Pai da criança diz que saiu de casa por volta de 6h30, mas médico do Samu informou à polícia que morte ocorreu por volta de 6h

Helio de Freitas, de Dourados | 20/08/2018 14:45
Joel e Jessica estão presos pela morte de menino de um ano e três meses (Foto: Reprodução/Facebook)
Joel e Jessica estão presos pela morte de menino de um ano e três meses (Foto: Reprodução/Facebook)

A polícia identificou contradições no depoimento do lutador de MMA Joel Rodrigo Ávalo Santos, 24, o “Joel Tigre”, que está preso há quatro dias acusado de participação nas agressões que provocaram a morte de seu filho, Rodrigo Moura Santos, de um ano e três meses de vida. A morte ocorreu em Dourados, a 233 km de Campo Grande, na quinta-feira (16), de manhã.

O delegado Marcelo Batistela Damaceno, titular 2ª Delegacia de Polícia, disse nesta segunda-feira (20) ao Campo Grande News que Joel afirma ter saído de casa por volta de 6h30 para ir trabalhar e deixou os filhos – o menino que morreu e uma menina, de quase três anos – com a madrasta das crianças, , Jessica Leite Ribeiro, 21.

Entretanto, o médico do Samu (Serviço Móvel de Urgência), chamado até a casa para socorrer a criança, relatou que a morte ocorreu por volta de 6h – uma hora antes dos socorristas chegarem ao local.

Segundo o delegado, no momento da morte estavam na casa as duas crianças, Joel e a mulher dele e madrasta das crianças, que também está presa. O casal foi autuado em flagrante por maus tratos que provocaram a morte do menino.

Na sexta-feira (17), a Justiça decretou prisão preventiva dos dois. Joel está na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e Jessica permanece em uma cela da 1ª Delegacia de Polícia, aguardando vaga em um presídio feminino do estado.

Além dos hematomas na cabeça, constatados pelos socorristas do Samu, a criança teve trauma no tórax e laceração no fígado, o que comprovam as agressões, segundo a polícia. O exame também constatou lesões de agressões anteriores, segundo o delegado.

No mesmo dia da morte, o médico legista informou à polícia que a causa da morte foi choque hemorrágico causado por agressão externa. O pai e a madrasta negam a violência e afirmam que o menino teve convulsões e desmaiou.

Os hematomas, afirmam, teriam sido provocados durante a tentativa da mulher em reanimar o enteado. A defesa de Joel nega as agressões e sustenta que o rapaz não estava na casa no momento da morte.

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