ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUINTA  26    CAMPO GRANDE 26º

Interior

Menino morreu enquanto pai estava na casa, revela médico do Samu

Pai da criança diz que saiu de casa por volta de 6h30, mas médico do Samu informou à polícia que morte ocorreu por volta de 6h

Helio de Freitas, de Dourados | 20/08/2018 14:45
Joel e Jessica estão presos pela morte de menino de um ano e três meses (Foto: Reprodução/Facebook)
Joel e Jessica estão presos pela morte de menino de um ano e três meses (Foto: Reprodução/Facebook)

A polícia identificou contradições no depoimento do lutador de MMA Joel Rodrigo Ávalo Santos, 24, o “Joel Tigre”, que está preso há quatro dias acusado de participação nas agressões que provocaram a morte de seu filho, Rodrigo Moura Santos, de um ano e três meses de vida. A morte ocorreu em Dourados, a 233 km de Campo Grande, na quinta-feira (16), de manhã.

O delegado Marcelo Batistela Damaceno, titular 2ª Delegacia de Polícia, disse nesta segunda-feira (20) ao Campo Grande News que Joel afirma ter saído de casa por volta de 6h30 para ir trabalhar e deixou os filhos – o menino que morreu e uma menina, de quase três anos – com a madrasta das crianças, , Jessica Leite Ribeiro, 21.

Entretanto, o médico do Samu (Serviço Móvel de Urgência), chamado até a casa para socorrer a criança, relatou que a morte ocorreu por volta de 6h – uma hora antes dos socorristas chegarem ao local.

Segundo o delegado, no momento da morte estavam na casa as duas crianças, Joel e a mulher dele e madrasta das crianças, que também está presa. O casal foi autuado em flagrante por maus tratos que provocaram a morte do menino.

Na sexta-feira (17), a Justiça decretou prisão preventiva dos dois. Joel está na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e Jessica permanece em uma cela da 1ª Delegacia de Polícia, aguardando vaga em um presídio feminino do estado.

Além dos hematomas na cabeça, constatados pelos socorristas do Samu, a criança teve trauma no tórax e laceração no fígado, o que comprovam as agressões, segundo a polícia. O exame também constatou lesões de agressões anteriores, segundo o delegado.

No mesmo dia da morte, o médico legista informou à polícia que a causa da morte foi choque hemorrágico causado por agressão externa. O pai e a madrasta negam a violência e afirmam que o menino teve convulsões e desmaiou.

Os hematomas, afirmam, teriam sido provocados durante a tentativa da mulher em reanimar o enteado. A defesa de Joel nega as agressões e sustenta que o rapaz não estava na casa no momento da morte.

Nos siga no Google Notícias