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Interior

MP denuncia líder de quadrilha que executou seis pessoas em fazenda

Ángel Vera Benítez foi preso terça-feira na fronteira com Mato Grosso do Sul, cinco dias após a chacina

Por Helio de Freitas, de Dourados | 18/01/2024 10:40
Corpos das seis pessoas executadas em fazenda no distrito de Cerro Corá (Foto: Arquivo)
Corpos das seis pessoas executadas em fazenda no distrito de Cerro Corá (Foto: Arquivo)

O Ministério Público do Paraguai ofereceu denúncia formal nesta quinta-feira (18) contra Ángel Vera Benítez, 32, apontado como líder da quadrilha que no dia 11 deste mês invadiu uma fazenda e matou seis homens no distrito de Cerro Corá, a 40 km de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS).

A promotora de Justiça Reinalda Palacios também pediu a prisão preventiva do suspeito, capturado terça-feira (16) no Assentamento Romero Cué, nos arredores de Pedro Juan Caballero. O irmão dele, Arnaldo Vera Benítez, 20, e a mulher de Ángel, Luisa Escobar Villalba, 28, foram ouvidos e liberados, por não terem participação na chacina.

Ángel Benítez foi denunciado por múltiplo homicídio doloso, transgressão à lei de armas, por roubo de armas que estavam na fazenda e por usurpação de função pública. Os matadores chegaram à propriedade usando uniformes camuflados e se passando por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).

Ángel Vera Benítez, apontado como líder da quadrilha (Foto: Divulgação)
Ángel Vera Benítez, apontado como líder da quadrilha (Foto: Divulgação)

Os pistoleiros invadiram a fazenda localizada na Colônia Piky, dominaram os seis trabalhadores, fizeram todos deitarem enfileirados e os executaram com tiros na cabeça. Depois, deixaram a propriedade levando seis escopetas, um rifle, um fuzil, três pistolas 9 milímetros e uma caminhonete Toyota Hilux, abandonada no Parque Nacional Cerro Corá, a 18 km do local dos crimes.

O chefe do Departamento Antissequestro da Polícia Nacional, comissário Nimio Cardozo, disse que a investigação segue de três a quatro hipóteses para a chacina, sem revelar detalhes. A imprensa paraguaia informou que entre as suspeitas estão “queima de arquivo” e roubo de um carregamento de drogas e de dinheiro da fazenda, destinada à criação de gado.

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