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Interior

MS notifica novo caso suspeito de "fungo negro", em paciente de 31 anos

Caso ainda será analisado pelo Instituto Adolfo Lutz; é o terceiro caso suspeito da doença no Estado

Guilherme Correia | 20/08/2021 11:05
Imagem microscópica do fungo, que pode atacar pacientes internados pelo coronavírus. (Foto: BBC)
Imagem microscópica do fungo, que pode atacar pacientes internados pelo coronavírus. (Foto: BBC)

Mato Grosso do Sul confirma novo caso suspeito da mucormicose, conhecida como "fungo negro". Trata-se de um homem, de 31 anos, morador de Dourados.

O Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde), vinculado ao governo estadual, foi notificado em 16 de agosto pelo município sobre o paciente, que não tem comorbidades, e está internado em leito clínico, com tratamento antifúngico.

A amostra foi analisada pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul), mas a confirmação deverá ser feita por laboratório do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP).

Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), Mato Grosso do Sul confirmou apenas um caso dessa doença em todo ano. Cícero Ermenegidio da Silva, de 71 anos, foi a óbito por conta dessa infecção e teve sua história contada pelo Campo Grande News.

Houve outro caso suspeito, notificado em 2 de junho, em Corumbá, em um paciente de 50 anos. Ele recebeu alta hospitalar em junho e a mucormicose foi descartada.

"Fungo negro" - Alguns especialistas apontam que a enfermidade é considerada rara e muito restrita ao ambiente hospitalar, mesmo entre os que têm um pouco mais de predisposição, como é o caso de pessoas com baixa imunidade.

Em todo Brasil, há pelo menos 49 casos de fungo negro mapeados pelo Ministério da Saúde, sendo que 19 estão relacionados com a covid-19. Casos também foram notificados no país vizinho, Paraguai.

Segundo o jornal britânico BBC News, a Índia foi um dos países que mais sofreu com essa doença, com mais de 4,3 mil mortes de pessoas registradas até meados de julho. A maior parte dos casos envolvem pessoas que tinham covid-19 e o fungo afeta o nariz, olhos e até mesmo o cérebro, cerca de 12 a 18 dias, após a recuperação da covid. O jornal também destaca que muitos casos podem estar subnotificados.

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