Município pode ter surto de dengue; focos do mosquito aumentaram 90% em um ano
Em apenas quatro dias, foi registrado índice de 5,7% nos focos do mosquito transmissor
O índice de larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, aumentou de 90% comparado ao mesmo período de 2016, em Corumbá - distante 419 km de Campo Grande, segundo balanço divulgado pela prefeitura do município.
As larvas foram encontradas durante ação preventiva, realizada pelos agentes de endemias. Segundo o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), realizado pela Secretaria Municipal de Saúde entre os dias 06 e 10 de março, apenas nos quatro dias do mês foram registrados 5,7% de focos, contra 3% no ano passado.
De acordo com o Ministério da Saúde, a porcentagem considerada satisfatória deve ser menor que 1%. De 1% a 3,9% de infestação a situação é considerada de alerta. Quando o índice é maior que 4%, caso em que se encontra a cidade, há risco de surto de dengue.
Em alguns bairros, a situação é mais preocupante, segundo dados da prefeitura. No Aeroporto, o índice chega a 17,07%; na Popular Velha, 12,82%; no Previsul 12,5% e no Guarani, o índice de casos é de 11,11%.
Ainda há registro de 9,38% no Nova Corumbá; 8,33% no Beira Rio; 7,84% no Centro América; 5,88% no Popular Nova e no Nossa Senhora de Fátima, o registro foi de 5,88%. O aumento no volume de chuvas neste período foi determinante para o aumento do percentual.
Prevenção - A Secretaria de Saúde, por meio dos agentes comunitários, está visitando as residências das regiões onde há mais risco para ações de orientação. Também serão intensificadas as ações de tratamento e eliminação no quarteirão desses endereços.
O setor de Vigilância Ambiental, irá intensificar as práticas de tratamento, proteção e cuidado com a qualidade da água e depois, serão realizadas vistorias pelos supervisores de área para verificar se os cuidados foram mantidos.
A Equipe de Educação em Saúde fará palestras nas Unidades de Saúde para orientar sobre a importância em manter sua caixa d’água lacrada e que faça limpeza pelo menos a cada 2 ou 6 meses, além de estar atento a outros tipos de depósitos, como lixo, pneus, ralos e outros que podem tornar se criadouro do vetor Aedes.
Também serão realizados mutirões aos sábados, com os agentes da rotina e comunitários, iniciando pelo Bairro Guatós, das 7h30 às 11h30.
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos vai intensificar as roçadas e remoção de depósitos dos terrenos baldios. O fumacê também será expandido conforme a necessidade apontada pelo LIRAa.