“Não nos sentimos seguros com a polícia”, diz cunhada de prefeito baleado
Declaração foi resposta a comissário da polícia; ele disse que família Acevedo rejeita segurança
A vereadora Carolina Yunes, presidente da Câmara Municipal de Pedro Juan Caballero, disse hoje (18) que sua família não se sente segura sob proteção da Polícia Nacional do Paraguai. Mulher do governador de Amambay Ronald Acevedo, Carolina é cunhada do prefeito José Carlos Acevedo, ferido com sete tiros em atentado praticado por três pistoleiros na tarde de ontem.
“Não sentimos essa segurança, existe desconfiança, por isso, muitas vezes, preferimos não ter vigilância, porque não nos sentimos seguros com os policiais”, afirmou Carolina. Ela é a primeira na linha de sucessão de José Carlos Acevedo, já que no Paraguai não existe cargo de vice-prefeito.
A declaração da vereadora foi resposta ao comissário Alcides Cantero, chefe de Segurança de Cidadania da Polícia Nacional em Amambay. Segundo ele, a família Acevedo resiste em ter custódia policial permanente.
Segundo ele, José Carlos Acevedo só aceitava ser acompanhado por um oficial de sua confiança. Ontem, o prefeito pediu ao policial que acompanhasse seu sobrinho, o deputado Ramón Ayala Acevedo, até Asunción e não solicitou nenhum substituto à polícia.
No momento em que foi ferido a tiros por três pistoleiros, José Carlos Acevedo tinha saído de reunião com vereadores e seguia, acompanhado apenas pela assessora, para a inauguração de uma obra. Antes de entrar na caminhonete, ele cruzou a praça em frente à prefeitura para conversar com moradores e ficou na mira dos bandidos.
José Carlos Acevedo segue internado em estado crítico em hospital particular de Pedro Juan Caballero. Os médicos chegaram a cogitar a remoção dele para Asunción ou para São Paulo, mas a transferência está descartada por enquanto.