No vai e vem do tráfico, Ponta Porã tem delegacias fechadas e policial internado
Cidade na fronteira é onde a Polícia Civil foi mais afetada pelo novo coronavírus
Na fronteira com o Paraguai, Ponta Porã é a cidade em que a Polícia Civil foi mais afetada pelo novo coronavírus no Estado. De acordo com o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), o município segue com duas delegacias fechadas, registro de cinco policiais com covid-19, sendo um internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
De acordo com o boletim da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Ponta Porã tem 40 casos confirmados do novo coronavírus, número bem abaixo, por exemplo, de Guia Lopes da Laguna, onde dos 241 infectados apenas um caso foi de investigador da Polícia Civil.
Para o presidente do Sinpol, Pablo Rodrigo Pael, a situação de maior contágio na cidade fronteiriça, apesar do Paraguai ter sido enérgico no fechamento da fronteira e se destacado no controla da doença, pode ser explicado pelo tráfico de drogas, atividade criminosa bem comum na região.
“Tem muitos presos que vêm de outros Estados. É mais complicado por ser rota do tráfico. O policial civil também tem muito contato com o público, faz escolta de preso. É um serviço que não pode parar”, afirma Pael.
Em Ponta Porã, de acordo com o sindicato, seguem fechadas a 2ª Delegacia de Polícia Civil e a DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher). O atendimento é feito na 1ª Delegacia de Polícia Civil.
“O Sinpol solicita que a Delegacia-Geral forneça os equipamentos de proteção individual, álcool em gel, a sanitização das delegacias de 14 em 14 dias, sanitização das viaturas e luvas para os policiais da escolta, que algemam os presos”, diz Pael.
Nesta terça-feira (dia 9), a DGPC (Delegacia-Geral de Polícia Civil), em Campo Grande, passa por desinfecção e testagem dos policiais após um investigador confirmar covid-19.
De acordo com a Polícia Civil, não há previsão para reabrir a segunda delegacia e, na última sexta-feira, mais um policial testou positivo para a doença.