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Interior

Onda de violência derruba outro chefe da Polícia Nacional na fronteira

Pela terceira vez em dois meses, governo paraguaio trocou comando da Polícia Nacional no Departamento de Amambay

Helio de Freitas, de Dourados | 23/10/2018 10:51
Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero tem novo comando (Foto: Porã News)
Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero tem novo comando (Foto: Porã News)

O comando da Polícia Nacional no Departamento de Amambay não resistiu à onda de assassinatos na Linha Internacional e às constantes denúncias de ligação de policiais com o crime organizado. Pela terceira vez em dois meses, a polícia terá novo chefe em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

A troca de comando foi anunciada um dia após um agente do Departamento de Investigação da Polícia Nacional ser arrastado na rua ao tentar abordar um suspeito, na frente de policiais uniformizados da mesma corporação, que apenas assistiram à cena.

Nesta segunda-feira (22), o comandante da Polícia Nacional do Paraguai Bartolome Gustavo Baez Lopez determinou a remoção do comissário geral da corporação em Amambay Ismael Desiderio Estigarribia Paredes, que tinha tomado posse no dia 4 de setembro deste ano.

O também comissário geral Oscar Rafael Pereira Aguilar foi nomeado para o posto e assume em meio a uma guerra entre facções pelo controle do tráfico de drogas na Linha Internacional. Nos últimos 10 dias, pelo menos 12 pessoas foram executadas a tiros no departamento (estado) que tem Pedro Juan como capital.

Aguilar assume também com o desafio de explicar a suspeita trapalhada ocorrida domingo à tarde, quando o brasileiro Waldemar Pereira Rivas, 36, o "Cachorrão", acusado de comandar o desmanche de carros roubados na fronteira, arrastou um policial para evitar uma abordagem.

Na tarde deste domingo, o brasileiro se irritou ao ser abordado por uma equipe do Departamento de Investigação Criminal e não quis descer do carro, um utilitário Jipe branco.

Um agente que tentava convencer Waldemar a descer do veículo chegou a ser arrastado por alguns metros, depois desistiu e o brasileiro fugiu. Imagens gravadas pelos moradores mostram o policial sendo obrigado a correr para acompanhar o carro em movimento.

Policiais uniformizados foram chamados para dar apoio, mas não interferiram e ficaram só assistindo à tentativa dos investigadores de prender Cachorrão. Fontes ouvidas pelo Campo Grande News revelam que muitos policiais paraguaios recebem propina de criminosos na fronteira.

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