Operação chega ao fim com 836 toneladas de maconha destruídas na fronteira
A 32ª edição da Nova Aliança durou 12 dias em áreas de mata e morros nos arredores de Pedro Juan Caballero
Terminou nesta sexta-feira (27), a 32ª edição da Operação Nova Aliança, desenvolvida pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) com apoio de helicópteros da Polícia Federal brasileira para eliminar roças de maconha na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.
Durante os 12 dias de incursões terrestres com apoio aéreo, foram eliminadas 836 toneladas da erva. A maior parte ainda estava nos pés de maconha que ocupavam 257 hectares e foram cortados e queimados. Cada hectare produz, em média, 3.000 quilos de maconha.
Outras 63,9 toneladas de maconha picada (antes de ser embalada em tabletes) e 1.234 quilos da droga já prensada também foram destruídos em 103 acampamentos mantidos pelos traficantes no meio do mato. Equipes da FTC (Força-Tarefa Conjunta) – grupo de elite das Forças Armadas paraguaias – também apoiaram as ações, acompanhadas pelo promotor de Justiça Celso Morales.
O trabalho foi concentrado nas colônias Cadete Boquerón, Alpasa, María Auxiliadora e Chiriguelo, nos arredores de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS). A área tem concentração de acampamentos narcos e lavouras de maconha.
Segundo estimativa da Senad, o prejuízo causado aos traficantes supera os 25 milhões de dólares. Quase toda a produção seria destinada ao mercado brasileiro pelas facções que controlam o tráfico na fronteira. Apenas uma pequena parte é enviada para a Argentina.
Essa foi a quarta edição da Nova Aliança em 2022. De janeiro até agora, as operações conjuntas entre Paraguai e Brasil já destruíram 1.100 hectares de roças de maconha, com prejuízo de pelo menos 110 milhões de dólares ao crime organizado.