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Interior

Operação contra queimadas apreendeu armas e munições em fazenda

O dano ambiental apurado pela Polícia Federal supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro

Geisy Garnes | 14/09/2020 13:58
Armas e munições apreendidas pela Polícia Federal (Foto: Divulgação)
Armas e munições apreendidas pela Polícia Federal (Foto: Divulgação)

Três armas, 152 munições e celulares foram apreendidas pela Polícia Federal na casa de um dos alvos da operação Matáá, realizada manhã desta segunda-feira (14) em Corumbá e Campo Grande para apurar a responsabilidade criminal pelas queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

As equipes policiais foram as ruas de Corumbá e de Campo Grande para cumprir dez mandados de busca e apreensão contra cinco fazendeiros da região do Pantanal. Segundo a polícia, as propriedades dos alvos da ação ficam exatamente nas áreas em que os incêndios que devastam o bioma pantaneiro começaram.

O foco da operação é a apreensão de celulares e documentos que ajudem a esclarecer se as chamas foram causadas pela ação humana. No entanto, na casa de um dos fazendeiros, em Corumbá, os policiais encontraram as três armas, duas pistolas e um revólver, além de 108 munições de calibre permitido e 44 de calibre restrito, sem registro. Por isso o proprietário foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

O dano ambiental apurado pela Polícia Federal supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, aproximadamente 25 mil campos de futebol. O fogo atingiu áreas de preservação permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Serra do Amolar.

Durante as investigações, foram analisadas imagens de satélite o sobrevoo das áreas, assim foi possível identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região. Os nomes dos proprietários rurais não foram divulgados.

Nome da operação, Matáá significa fogo no idioma guató, numa referência aos índios que vivem nas proximidades das áreas atingidas.

Equipres precisaram usar lanchas para ir até as fazendas (Foto: Divulgação)
Equipres precisaram usar lanchas para ir até as fazendas (Foto: Divulgação)


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