Operação da PF contra queimadas no Pantanal mira fazendeiros e busca celulares
Equipes vão cumprir mandado de busca e apreensão em cinco propriedades rurais
Na operação Matáá, que apura responsabilidade criminal pelas queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a PF (Polícia Federal) mira fazendeiros e vai a cinco propriedades rurais em busca de celulares e documentos.
De acordo com o delegado Alan Wagner Nascimento Givigi, os alvos da operação sãos os proprietários das fazendas em que se iniciaram os focos de incêndio. A PF analisou imagens de satélite durante a investigação.
O dano ambiental apurado supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, equivalente à aproximadamente 25 mil campos de futebol, atingindo áreas de preservação permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Serra do Amolar.
Por meio da análise de imagens de satélites e o sobrevoo das áreas, a Polícia Federal conseguiu identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região.
Os investigados poderão responder pelos crimes de dano à floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a Unidades de Conservação, incêndio e poluição, cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão. Todos previstos na Lei Federal 9.605/98 sobre crimes ambientais.
Nesta segunda-feira, devido à fumaça, foi preciso trocar helicóptero por lanchas. Os nomes dos proprietários rurais não foram divulgados.
A ação cumpre 10 mandados de buscas e apreensão em Corumbá (que tem o bioma Pantanal) e Campo Grande. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara da Justiça Federal de Corumbá. A área afetada já passou por perícia.
Nome da operação, Matáá significa fogo no idioma guató, numa referência aos índios que vivem nas proximidades das áreas atingidas.