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Meio Ambiente

PF investiga crime ambiental em queimada que devora 25 mil hectares do Pantanal

Devido à fumaça, foi preciso trocar helicóptero por embarcações para cumprir mandados nesta 2ª feira

Aline dos Santos | 14/09/2020 08:25
Com embarcações, PF cumpre mandados em investigação sobre queimadas no Pantanal. (Foto: Divulgação/PF)
Com embarcações, PF cumpre mandados em investigação sobre queimadas no Pantanal. (Foto: Divulgação/PF)

Trocando helicóptero por embarcações devido à fumaça, a PF (Polícia Federal) deflagrou nesta segunda-feira (dia 14) a operação Matáá para apurar a responsabilidade criminal pelas queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

O dano ambiental apurado supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, que corresponde a aproximadamente 25 mil campos de futebol,  atingindo áreas de preservação permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Serra do Amolar.

Por meio da análise de imagens de satélites e o sobrevoo das áreas, a Polícia Federal conseguiu identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região.

A ação cumpre 10 mandados de buscas e apreensão em Corumbá (que tem o bioma Pantanal) e Campo Grande. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Corumbá. A área afetada já passou por perícia.

Durante a apuração, a PF usou aeronaves e embarcações para chegar aos locais das queimadas.



Os investigados poderão responder pelos crimes de dano à floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a Unidades de Conservação, incêndio e poluição, cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão. Todos previstos na Lei Federal 9.605/98 sobre crimes ambientais.

Nome da operação, Matáá significa fogo no idioma guató, numa referência aos índios que vivem nas proximidades das áreas atingidas.

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