PF investiga crime ambiental em queimada que devora 25 mil hectares do Pantanal
Devido à fumaça, foi preciso trocar helicóptero por embarcações para cumprir mandados nesta 2ª feira
Trocando helicóptero por embarcações devido à fumaça, a PF (Polícia Federal) deflagrou nesta segunda-feira (dia 14) a operação Matáá para apurar a responsabilidade criminal pelas queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
O dano ambiental apurado supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, que corresponde a aproximadamente 25 mil campos de futebol, atingindo áreas de preservação permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Serra do Amolar.
Por meio da análise de imagens de satélites e o sobrevoo das áreas, a Polícia Federal conseguiu identificar o início e a evolução diária dos focos de queimadas da região.
A ação cumpre 10 mandados de buscas e apreensão em Corumbá (que tem o bioma Pantanal) e Campo Grande. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Corumbá. A área afetada já passou por perícia.
Durante a apuração, a PF usou aeronaves e embarcações para chegar aos locais das queimadas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de dano à floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a Unidades de Conservação, incêndio e poluição, cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão. Todos previstos na Lei Federal 9.605/98 sobre crimes ambientais.
Nome da operação, Matáá significa fogo no idioma guató, numa referência aos índios que vivem nas proximidades das áreas atingidas.