Operação entre Paraguai e Brasil destrói 260 hectares de roças de maconha
Ação contra lavouras parece não surtir efeito, pois apreensões quebram recordes todos os anos
Em nova ação conjunta, agentes federais paraguaios e brasileiros destruíram 260 hectares de roças de maconha na fronteira com Mato Grosso do Sul. A 26ª edição da Operação Nova Aliança foi encerrada ontem (15) pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) no Departamento de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.
Mesmo com seguidas investidas contra o cultivo da droga na linha internacional, as apreensões de maconha ocorrem todos os dias em MS, com recorde sendo superado ano a ano.
Conforme a Senad, a ação durou dez dias e contou com apoio da FTC (Força-Tarefa Conjunta), das forças armadas paraguaias, do Ministério Público daquele país e suporte aéreo de helicópteros da Polícia Federal brasileira e da Força Aérea Paraguaia.
As aeronaves ajudaram a inspecionar áreas rurais nos arredores de Capitán Bado (cidade vizinha de Coronel Sapucaia) e colônias rurais de Amambay. As roças destruídas produziriam pelo menos 800 toneladas de maconha.
Durante a operação também foram identificados e destruídos 109 acampamentos usados pelos traficantes para secar, picar, prensar e empacotar a maconha. Segundo a Senad, as quadrilhas que exploram o cultivo da droga na região são formadas por brasileiros e paraguaios.
Nesses acampamentos, localizados na faixa geográfica formada por Capitán Bado, Colônia María Auxiliadora, Pedro Juan Caballero e áreas próximas a cidades brasileiras, foram encontrados e destruídos 47,7 toneladas de maconha já processada. A Senad estimou em 24,8 milhões de dólares o prejuízo financeiro aos narcotraficantes.