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Interior

Para evitar “jeitinho brasileiro”, Paraguai amplia bloqueios na fronteira

Na contramão de Bolsonaro que permitiu trânsito em cidades-gêmeas, país vizinho apertou cerco entre Pedro Juan e Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 20/03/2020 09:06
Viatura da Polícia Nacional fecha acesso entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, nesta sexta-feira (Foto: Capitán Bado.com)
Viatura da Polícia Nacional fecha acesso entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, nesta sexta-feira (Foto: Capitán Bado.com)

Um dia depois de o governo Bolsonaro fechar as fronteiras brasileiras com a maioria de seus vizinhos sul-americanos, mas deixar brechas para a circulação de pessoas em cidades-gêmeas, o Paraguai intensificou as ações na Linha Internacional com Mato Grosso do Sul.

De acordo com a titular da Direção Geral de Migrações do Paraguai María de los Ángeles Arriola, em Pedro Juan Caballero, cidade-gêmea de Ponta Porã (MS), pelo menos 40 acessos foram bloqueados pela FTC (Força Tarefa Conjunta), grupo de elite formado por homens das Forças Armadas e da polícia paraguaia.

Na manhã desta sexta-feira (20), equipes da Polícia Nacional colocaram viaturas em várias estradas e ruas que interligam Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, mas até agora as medidas foram tomadas apenas do lado paraguaio.

O bloqueio não é total, conforme afirmou María Arriola. Entretanto, em Pedro Juan, brasileiros que trabalham na cidade paraguaia e que até ontem ainda tinham acesso garantido, hoje estão sendo impedidos de entrar.

Segundo ela, tanto paraguaios quanto brasileiros que moram na cidade estão sendo orientados a passar pelo posto de controle. Arriola disse que o bloqueio tem funcionado e avaliou como “positivo” o resultado da quarentena.

Desde terça-feira, o Paraguai adota “toque de recolher” das 20h às 4 da madrugada. Homens das Forças Armadas foram colocados nas ruas para cumprir a quarentena. O país tem até agora 13 casos confirmados do novo coronavírus. Pesquisa feita por especialista divulgada hoje revela que pelo menos 500 mil pessoas podem se contaminar com Covid-19 até julho.

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