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Interior

Paraguai caça na fronteira policiais corruptos ligados a Minotauro

Dois chefes da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero foram transferidos após seis carros apreendidos com quadrilha ligada ao narcotraficante sumirem de um prédio do governo

Helio de Freitas, de Dourados | 01/03/2019 10:47
Três dos seis carros foram encontrados abandonados após suspeita contra policiais (Foto: ABC Color)
Três dos seis carros foram encontrados abandonados após suspeita contra policiais (Foto: ABC Color)

O governo paraguaio apertou o cerco a policiais corruptos que trabalham na fronteira com o Brasil, mais precisamente na Linha Internacional entre o departamento de Amambay e Mato Grosso do Sul.

Os alvos da investigação são agentes da lei que estariam na folha de pagamento da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) e do narcotraficante Sérgio Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, preso no mês passado no litoral catarinense.

Ao Campo Grande News, o promotor de Justiça Hugo Volpe disse nesta sexta-feira (1º) que aguarda documentos do Ministério do Interior para intensificar a investigação.

Na semana passada, o ministro do Interior Juan Ernesto Villamayor levantou suspeita contra policiais após seis carros apreendidos com bandidos ligados a Minotauro desaparecerem de um prédio do governo em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

De imediato, surgiram suspeitas contra policiais e três carros apareceram do nada em uma estrada sem movimento nos arredores da cidade.

Nesta semana, o comissário geral a Polícia Nacional em Amambay, Víctor Rivas, foi transferido para o mesmo cargo no departamento de Alto Paraguay. Outro que perdeu o comando na fronteira foi o comissário principal Teófilo Giménez, que ocupava o posto de prevenção e segurança.

O novo titular da polícia no estado paraguaio vizinho de Mato Grosso do Sul é o comissário Ignacio Rodríguez e como segundo na linha de comando assumiu Silvio Cantero.

Além da suspeita de ligação com narcotraficantes brasileiros, os comandantes perderam os postos por outro caso atribuído a policiais paraguaios: o atentado ao suboficial Juan Alberto Cabañas Bogado, 49, ocorrido no dia 20 de fevereiro em uma estrada a 15 km de Pedro Juan Caballero.

Juan Alberto foi transferido para um hospital da capital, Assunción, e o caso é investigado em sigilo pela inteligência da Polícia Nacional.

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