Paraguai caça PCC e mais dois brasileiros são presos na fronteira
Pelo menos 30 membros da organização criminosa foram presos nas últimas semanas no país vizinho; até imigrantes ilegais são detidos
Considerada a organização criminosa mais poderosa em atividade no Paraguai, o PCC (Primeiro Comando da Capital) virou alvo do governo daquele país. Fontes ligadas à Polícia Nacional revelam que nas últimas semanas pelo menos 30 pessoas suspeitas de ligação com a facção criminosa paulista foram presas na fronteira com Mato Grosso do Sul.
Nesta semana, com apoio da Polícia Federal brasileira e do DEA, órgão norte-americano de luta contra as drogas, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai deu um duro golpe no PCC ao desmontar a rota aérea operada pela facção para trazer até cinco toneladas de cocaína da Bolívia. Da fronteira com MS, a droga seguia para grandes cidades brasileiras e para países europeus.
Além dos dois pilotos presos na segunda-feira (29), entre eles um brasileiro, mais quatro cidadãos de nacionalidade brasileira foram presos nesta semana – dois em Pedro Juan Caballero e dois em Capitán Bado.
De acordo com policiais paraguaios, as buscas por suspeitos foram intensificadas nessas duas cidades e em Bella Vista Norte, vizinha de Bela Vista (MS), onde funcionam os “escritórios” do PCC.
Na quarta-feira (31), Claudinei Predebon, 32, que nasceu em Fátima do Sul, e Cícero Fernando de Lima Almeida, 27, natural de São Paulo, foram presos em uma casa de luxo em Pedro Juan Caballero.
Apontados como membros do PCC responsáveis pela logística da facção, como fornecimento de armas e proteção aos demais “soldados” do grupo criminoso, eles estavam com 16 telefones celulares, uma caminhonete Mitsubishi Triton, duas pistolas calibre 9 milímetros marca Glock e grande quantidade de munição.
Mais dois – Ontem (1º), mais dois brasileiros foram presos, dessa vez em Capitán Bado, cidade paraguaia vizinha de Coronel Sapucaia (MS), a 400 km da Capital. Um deles usava documento falso e o outro foi preso por estar ilegalmente em território paraguaio.
Antonio Pedro da Silva usava documento falso em nome de Messias Ribeiro Goncalves, 45. Segundo o jornal ABC Color, Antonio está condenado no Brasil a 45 anos de prisão por tráfico de drogas. O outro preso, Emerson Assunção, 40, é de São Paulo.
Eles foram presos por agentes de investigação e delitos da Polícia Nacional e apontados como membros do PCC. Os dois foram levados para Pedro Juan Caballero e colocados à disposição da Promotoria de Justiça, que vai iniciar uma investigação sobre os suspeitos.