Paralisação é mantida, mas postos começam a receber combustíveis
PRF e Exército escoltaram ontem 16 caminhões de combustíveis, botijões de gás e outros produtos para Dourados
A greve dos caminhoneiros, iniciada com a bandeira de luta contra o preço do óleo diesel, mas que se expandiu para outras reivindicações, continua na região de Dourados. Os motoristas de caminhão não estão trabalhando, segundo fontes ligadas ao movimento.
Na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, os caminhoneiros permanecem estacionados em três pontos da BR-163 – no Posto da Base, no trevo de acesso ao Distrito Industrial e no Trevo da Bandeira, na saída para Ponta Porã. “A greve continua firme e forte e as reivindicações são as mesmas desde o início”, disse um caminhoneiro ao Campo Grande News.
Aos poucos os postos estão recebendo combustíveis após quatro dias de pane seca total nos 50 estabelecimentos da cidade. Pelo menos 10 caminhões-tanque chegaram ontem a Dourados escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Exército. Outros seis caminhões com gás de cozinha e alimentos também chegaram à cidade.
Nesta terça-feira, vários postos da área central estão abastecendo os carros e as filas são menores que as registradas na semana passada e ontem.
Com 215 mil habitantes e polo de uma região de 30 cidades com quase 800 mil moradores, Dourados também enfrenta desabastecimento de gás de cozinha.
Ontem à noite, uma revendedora localizada no Jardim Água Boa recebeu um carregamento de botijões. A movimentação do caminhão com a carga foi suficiente para os moradores se reunirem no local e formarem uma fila de dois quarteirões. Até às 23h tinha gente esperando para comprar gás, vendido por R$ 75.
Muitos supermercados e mercearias de Dourados já sentem os efeitos do desabastecimento. No Jardim Água Boa, o mais populoso bairro de Dourados, localizado na região sul da cidade, os pequenos mercados já quase não têm mais estoque de carne.