Perícia deve ajudar na identificação dos responsáveis por fogo no Pantanal
Cinco fazendeiros da região foram alvos da PF nesta segunda-feira. Incêndios que já devastaram mais de 25 mil hectares
Perícias feitas durante a operação Matáá nas fazendas de Corumbá – cidade a 419 quilômetros de Campo Grande – vão auxiliar a Polícia Federal a identificar os responsáveis pelos incêndios que já devastaram mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro na região. A área queimada soma aproximadamente 25 mil campos de futebol.
Nesta segunda-feira (14), equipes policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Corumbá e Campo Grande durante investigações sobre as queimadas que atingem a região. Os alvos foram cinco fazendeiros do Pantanal, que possuem propriedades exatamente nas áreas em que os incêndios que devastam a área começaram.
As propriedades foram identificadas após análise de imagens de satélite e sobrevoo das áreas queimadas. Assim, foi possível identificar o início e a evolução diária dos focos de incêndio. Durante a operação, as fazendas dos cinco investigados foram periciadas e funcionários ouvidos sobre a situação.
Ao site Diário Corumbaense, o delegado Alan Wagner Nascimento Givigi, da Polícia Federal, afirmou que a partir dos resultados das perícias será possível chegar aos responsáveis e esclarecer se as chamas foram causadas pela ação humana. Ainda não há um prazo definido para encerrar a operação.
Além das propriedades rurais, duas casas foram alvos de busca na cidade. Em uma delas, os policiais encontraram três armas – duas pistolas e um revólver – além de 108 munições de calibre permitido e 44 de calibre restrito, sem registro. Por isso o proprietário foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. O nome dele não foi divulgado.
O dano ambiental apurado pela Polícia Federal supera mais de 25 mil hectares do bioma pantaneiro, aproximadamente 25 mil campos de futebol. O fogo atingiu áreas de preservação permanentes e os limites do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e da Serra do Amolar.
Nome da operação, Matáá significa fogo no idioma guató, numa referência aos índios que vivem nas proximidades das áreas atingidas.