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Interior

PF busca acusado de integrar máfia de cigarreiros que fugiu pulando cerca

Emerson Guerra Carvalho foi alvo de mandado de prisão em 9 de abril e escapou pulando muro e por dentro de construção

Humberto Marques | 03/05/2019 17:21

Policiais federais de Naviraí –a 366 km de Campo Grande– anunciam buscas ao advogado Emerson Guerra Carvalho, acusado de envolvimento com uma quadrilha especializada em contrabando de cigarros investigada durante a Operação War. Morador de Mundo Novo, ele era alvo dos federais desde a primeira fase da ação, em 2018.

Via assessoria, a PF informou que, em 9 de abril deste ano, uma equipe se deslocou à casa do suspeito para cumprir mandado de prisão preventiva. Ao perceber a movimentação, porém, e contando com o auxílio da mulher, ele quebrou a cerca elétrica da casa, pulou o muro e fugiu por uma construção.

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal de Naviraí a partir de representação da PF e com aval do MPF (Ministério Público Federal). Na primeira fase da War, realizada em 5 de outubro de 2018, foram levantadas provas que indicam o envolvimento do advogado com a quadrilha. Uma delas foi um telefone celular apreendido, onde havia indícios que comprovavam a tese.

A suspeita é de que o investigado tinha “efetiva participação na organização criminosa não se limitando a sua atuação na prestação de serviços jurídicos”, mas sim “como intermediário entre os fornecedores e compradores de cigarros e como ‘braço direito’ da organização”, destacou a PF, que ainda o coloca como elo para cobrança de dívidas de terceiros com a organização, pois ele determinava aos cobradores que buscassem os devedores e usassem, se necessário, “métodos de coação moral e até mesmo física para receber as dívidas do crime organizado”.

A Polícia Federal segue em diligências para localizar o suspeito. Caso alguém tenha informações sobre o paradeiro, pede-se que contate as autoridades, de forma anônima, pelo telefone (67) 3409-4200.

Na primeira fase da War, um advogado, que não teve o nome divulgado à época, foi preso pela PF por porte ilegal de munições. Ele era suspeito de falsificar declarações de origem de valores para pagamento de fianças, a fim de preservar os interesses da quadrilha. Conforme as autoridades, muitas vezes os presos sequer sabia quem os representava.

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