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Interior

PM flagrado com R$ 94 mil em rodovia está entre os presos em operação

Cabo da Polícia Militar Joacir Ratier de Souza não soube explicar origem do dinheiro; ele já tinha sido preso em 2011, também por suspeita de envolvimento com o contrabando de cigarros

Helio de Freitas, de Dourados | 22/09/2018 11:34
Um dos presos na Operação Nepsis esconde o rosto ao chegar à delegacia da PF em Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Um dos presos na Operação Nepsis esconde o rosto ao chegar à delegacia da PF em Dourados (Foto: Adilson Domingos)

O cabo da Polícia Militar Joacir Ratier de Souza, 44, lotado no 3º Batalhão da PM em Dourados, a 233 km de Campo Grande, é um dos presos na Operação Nepsis, desencadeada hoje (22) em Mato Grosso do Sul e outros quatro estados para desmantelar uma quadrilha de contrabando de cigarros.

O Campo Grande News apurou que Ratier foi preso em casa e levado para a sede da Polícia Federal em Dourados, para onde estão sendo encaminhados todos os presos na operação. As audiências de custódia serão feitas na Justiça Federal em Dourados.

Desde 2011 o policial é suspeito de ligação com a máfia do cigarro que age na fronteira com o Paraguai e abastece o mercado nacional com produto contrabandeado.

Em abril deste ano, Ratier foi flagrado transportando R$ 94,67 mil em dinheiro escondidos no compartimento do câmbio de um Ford Ka.

O flagrante aconteceu, na BR-463, em Ponta Porã. Na época, o PM afirmou ter sido contratado por um amigo para levar o dinheiro de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para Dourados. Joacir e o amigo, que não teve a identidade revelada, foram ouvidos e liberados.

“A situação é estranha, mas não houve crime. O dinheiro foi apreendido porque o policial não conseguiu explicar a origem”, explicou na época o delegado Glauber Fonseca, da Polícia Federal.

Em 2011, Joacir já tinha sido preso na operação “Marco 334”, deflagrada pela Polícia Federal para desmantelar organizações criminosas que atuam no contrabando de cigarros.

O policial também tem condenação de 2007, por ter cobrado R$ 900 para fazer o transporte de um preso, segundo o processo. Em 2009, foi investigado por improbidade administrativa após usar uma viatura para fins particulares e por prevaricação – deixar de praticar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.

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