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Interior

Polícia apura ameaça a escola, mas mensagem circulou em outros Estados

Um grupo de Whatsapp de Nova Andradina recebeu mensagem com ameaça de ataque contra Escola Padre Anchieta. Texto, ainda assim, circulou em outras cidades que tem escolas com o mesmo nome

Izabela Sanchez | 16/03/2019 09:14
Escola Estadual Padre Anchieta, em Nova Andradina (Foto: Divulgação/Nova News)
Escola Estadual Padre Anchieta, em Nova Andradina (Foto: Divulgação/Nova News)

Uma mensagem que chegou pelo aplicativo Whatsapp, na sexta-feira (15), em um grupo de moradores da cidade de Nova Andradina, a 300 km de Campo Grande, virou, agora, investigação policial. Com teor de ameaça de ataque à Escola Estadual Padre Anchieta, a diretora buscou a delegacia da polícia civil para registrar boletim. O texto - acompanhado da foto de uma arma -circulou em outras cidades do Brasil que abrigam escolas de mesmo nome.

Com isso, moradores de cidades de São Paulo e até do Paraná estão em alerta. O caso levanta suspeitas pela hipótese de “efeito dominó” após o massacre praticado por dois ex-alunos, um adolescente de 17 e outro de 25, à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP).

“Padre Anchieta né? Fica esperto. O trem tá chegando. Vocês vão morrer”, é o que diz a mensagem. Apesar do teor da ameaça, no entanto, a delegada que investiga o caso, Daniella de Oliveira Nunes Leite, afirma que os indícios são de que a mensagem não foi direcionada à Nova Andradina.

“Como chegou em um grupo da cidade, ela [diretora] deduziu que poderia ser com a escola, ela nos procurou, externou a preocupação e registrou boletim por ameaça. Foi jogada em vários grupos de Nova Andradina. Quando nós começamos a fazer o levantamento, aparentemente nasceu no estado de são Paulo e alguém com má fé saiu jogando em grupos de toda cidade que tivesse escola desse nome, no Brás, em São Paulo, Mauá, em São Paulo e até no Paraná conforme levantamento. Viralizou, aparentemente não diz respeito [à Nova Andradina], mas não foi descartado”, explicou.

O caso, ainda assim, provocou aumento da segurança ao redor da escola. A delegada acionou o comandante da polícia militar em Nova Andradina. “A polícia militar está fazendo ronda, sempre próximo ao local, para checar qualquer situação diferente, qualquer pessoa conhecida, aluno atual ou antigo, é pra acionar a polícia militar”, comentou.

Mensagem que circulou em grupos de whatsapp (Foto: Reprodução)
Mensagem que circulou em grupos de whatsapp (Foto: Reprodução)

Agora, explicou a delegada, as investigações tentam achar a origem da mensagem. Ainda que não seja direcionada à cidade, a propagação da ameaça pode culminar em crime cibernético.

“Estamos fazendo levantamento de cada telefone para tentar verificar a veracidade dessa ameaça. A dificuldade é essa [estar na internet], mas não é impossível, é um processo minucioso, mas é possível tentar localizar esse indivíduo. O fato mais grave, se for de má fé, é causar terror à população, além do crime de ameaça, dependendo do crime, entra como crime cibernético”, contou.

Orientações e “fake news” - A delegada orienta que a população mantenha a calma e sempre pesquise qualquer assunto antes de repassar as mensagens de whatsapp, que costumam, quando viralizam, serem falsas.

“É difícil a gente dizer, nós da polícia trabalhamos sempre com a hipótese de ser verdade para evitar que uma tragédia seja cometida. Mas é necessário manter a calma. Oriento à população que faça uma pesquisa se não é fake, se em outras cidades não está acontecendo. Quando receber tem que verificar detalhes, quem mandou, se conhece a pessoa que está encaminhando, procurar a delegacia se tem possiblidade real, procurar no google”, orientou a delegada.

Em São Paulo - O portal de notícias Terra afirma que a mesma mensagem está circulando entre alunos e pais de três escolas de cidades diferentes no estado de São Paulo. Conforme o site, a suposta ameaça causou pânico nas unidades, familiares buscavam diretorias para obter mais informações e queriam buscar os filhos antes do término das aulas.

O Terra afirma que a mesma mensagem foi encaminhada a alunos e professores da Escola Estadual Padre Anchieta, em Diadema; Escola Miguel Vicente Cury, no bairro Padre Anchieta, em Campinas; e para a Escola Bady Bassit, na Vila Anchieta, em São José do Rio Preto. O portal consultou a Secretaria Estadual de Educação e foi informado de que as três unidades tiveram aula normalmente e sem incidentes na sexta-feira (15).

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