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Interior

Polícia Federal desmantela quadrilha e evita prejuízos de R$ 4 milhões ao INSS

A organização criminosa atuava confeccionando registros falsos de nascimento, visando a concessão de aposentadorias rurais para indígenas.

Mariana Rodrigues | 24/11/2015 13:20
Documentos apreendidos em operação da Polícia Federal (Foto: Divulgação)
Documentos apreendidos em operação da Polícia Federal (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (24), a Operação Coiote Kaiowá, que teve como objetivo de desmantelar organização criminosa responsável no esquema de fraudes envolvendo a confecção de registros de nascimento ideologicamente falsos visando a concessão de aposentadorias rurais para indígenas. Com a operação, foram evitados prejuízos ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que somariam R$ 4 milhões.

A operação foi desencadeada através da Delegacia da PF de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, atua nas cidades de Amambai e Aral Moreira, em conjunto com a Assessoria de Pesquisa Estratégica do Ministério da Previdência Social e o Ministério Público Federal.

Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, nas cidades de Amambai e na aldeia Guassuty, em Aral Moreira. Segundo informações da PF, a quadrilha potencializava os seus lucros mediante a contratação de empréstimos consignados fraudulentos.

De acordo com informações da Polícia Federal, a fraude consistia na falsificação de certidões de atividade rural da Funai (Fundação Nacional do Índio) e no registro civil fraudulento de indígenas provenientes do Paraguai e de indígenas inexistentes, já que a organização criava indígenas fantasmas no intuito de se apropriar de suas aposentadorias.

Entre os alvos da operação estão o casal proprietário de uma financeira especializada em créditos consignados, bem como um ex-capitão da Aldeia Guassuty. Segundo levantamentos preliminares, foram evitados prejuízos ao INSS em torno de R$ 4 milhões. No entanto, durante as buscas foram apreendidas enormes quantidades de documentos que indicam que o montante das fraudes pode ultrapassar em muito esse valor.

Operação - Foi denominada “Coiote Kaiowá” em alusão aos “coyotes”, apelido dado aos atravessadores de pessoas na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Segundo as investigações, os envolvidos criavam documentação nacional para indígenas da etnia Kaiowá provenientes do Paraguai passarem a residir no Brasil recebendo aposentadoria.

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