ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  17    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Polícia localiza celular de estudante de medicina morta na fronteira

Eletricista que está preso pelo crime vendeu celular por cem mil guaranis, o equivalente a 70 reais

Helio de Freitas, de Dourados | 03/09/2018 17:28
Erika foi morta no dia 20 de agosto em Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)
Erika foi morta no dia 20 de agosto em Pedro Juan Caballero (Foto: Arquivo)

Agentes do Departamento de Homicídios da Polícia Nacional do Paraguai localizaram hoje (3) o celular Samsung J7 dourado que pertencia à brasileira Erika de Lima Corte, 29, assassinada a punhaladas no dia 20 do mês passado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Segundo a polícia, o eletricista paraguaio Christopher Andrés Romero Irala, 27, principal suspeito de matar a brasileira que estudava medicina em Pedro Juan Caballero, vendeu o celular por cem mil guaranis, o equivalente a 70 reais. Irala está preso.

Durante as investigações sobre o crime, que continuam em andamento mesmo com a prisão do principal suspeito, os policiais chegaram a Gustavo Javier Villalba Romero, que apesar do sobrenome não tem parentesco com o criminoso.

Gustavo disse aos policiais que tinha comprado o aparelho na Linha Internacional de um homem identificado como José Cristaldo. A polícia chegou até o vendedor, que afirmou ter comprado o celular de um tal Marcelo.

Os policiais chegaram então a Marcelo Gavilán Montiel. Ele disse que estava com um grupo de amigos por volta de 23h do dia 19 do mês passado quando Cristhoper Irala ofereceu o telefone por mil guaranis.

Com o celular, a polícia espera obter mais provas contra o acusado. O eletricista se mantém em silêncio até agora sobre o crime e diz que vai se pronunciar apenas em juízo.

O crime – Moradora em Pontal do Araguaia (MT), onde o pai já foi prefeito, Erika de Lima Corte estava no segundo ano de medicina em Pedro Juan Caballero. Ela foi assassinada entre a noite do dia 19 e a madrugada do dia seguinte no pensionato onde morava com outra estudante brasileira.

Erika levou dois golpes de faca no peito e um no pescoço. Pelo menos outros 16 pequenos cortes foram encontrados no corpo, indicando que a brasileira foi torturada. O rosto estava coberto por um pano.

Cristopher Romero foi preso dois dias depois na cidade de Concepción, a 215 km da fronteira com Mato Grosso do Sul. Ele estava na casa do irmão.

O criminoso, que já tinha sido acusado de matar outra estudante em Pedro Juan em 2012, estava com o boné verde igual ao usado pelo homem que aparece na gravação da câmera de segurança de uma conveniência de Pedro Juan. No estabelecimento, o suspeito comprou um pote de sorvete, encontrado na casa onde ocorreu Erika foi morta.

Cristopher também estava com o carro prata visto circulando perto do local do crime. Ele foi trazido para Pedro Juan Caballero para ser interrogado e dois dias depois levado de volta para Concepción, por medida de segurança.

Nos siga no Google Notícias