Polícia mata quinto assaltante de carro-forte e encontra arma de guerra
Foram apreendidos fuzis e uma metralhadora .50, tem capacidade de perfurar carros-fortes e até helicópteros
O quinto integrante da quadrilha responsável pela tentativa de assalto ao carro-forte da empresa Brink’s, na fronteira com o Paraguai, morreu após nova troca de tiros com polícia na tarde desta quarta-feira (4), na área rural entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia, no sul do Estado. Com ele, conforme a polícia, foram encontrados fuzis e uma metralhadora .50, com capacidade de perfurar carros-fortes e até helicópteros.
Bandido era caçado pela força-policial desde a manhã de hoje, quando conseguiu fugir do cerco policial em uma fazenda da região, onde estava escondido com os comparsas. Na primeira ação, quatro assaltantes foram mortos, entre eles o baiano José Francisco Lumes, o “Zé de Lessa”, considerado o “Ás de Ouro do Baralho do Crime" da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.
Conforme levantado pelo Campo Grande News, o quinto envolvido foi localizado pelo GPA (Grupo de Patrulhamento Aéreo) na mata da fazenda. As equipes que faziam as buscas por terra foram avisadas e ao se aproximarem do suspeito foram recebidas a tiros. Um dos agentes que participaram da ação disse que o assaltante chegou a disparar contra o helicóptero.
Os policiais reagiram e o bandido foi ferido. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu. Com o suspeito foram apreendidos fuzis e a metralhadora .50, com alto poder de fogo. Arma do mesmo calibre foi usada na execução cinematográfica do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, em 2016, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Também foram apreendidas, em meio à mata, duas escopetas, uma pistola e várias munições, que estavam junto com coletes à prova de balas usados pelos bandidos no assalto ao carro-forte, na manhã de segunda-feira (2).
Prisões – Segundo o Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) seis pessoas foram identificadas como integrantes da quadrilha responsável pela tentativa de assalto. Um deles é o proprietário da fazenda em que os outros cinco autores estavam escondidos.
Identificado como Alcindo Oliveira Coinete, o suspeito foi preso na cidade de Coronel Sapucaia, onde trabalha como funcionário da prefeitura. De acordo com as investigações, ele dava apoio logístico ao grupo.
Uma mulher, encontrada na fazenda no momento da ação policial, foi levada para a delegacia de Polícia Civil como testemunha, mas acabou em liberdade após depoimento. Conforme informações preliminares, ela era esposa de “Zé de Lessa”.
“Ás de Ouro” – Chefe do Bonde do Maluco (BDM), considerada a facção mais truculenta da Bahia, Zé de Lessa estava foragido da justiça do estado nordestino desde 2014, quando recebeu autorização para fazer uma cirurgia, saiu do presídio e não voltou mais.
Apesar de ser identificado como mandante do roubo a um banco em Bacabal, no Maranhão, onde foram levados R$ 100 milhões, "Zé de Lessa" é apontado como traficante de “extrema periculosidade” na Bahia. Todo a droga, e também carregamentos de armas, eram enviados por ele do Paraguai.
Desde de 2015, Mato Grosso do Sul aparece nos processos de “Zé de Lessa” como ponto de partida dos “negócios” da quadrilha. Segundo as investigações, carros roubados pelo grupo serviam aqui no Estado como moeda de troca no pagamento de carregamentos de droga.
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