ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, QUINTA  14    CAMPO GRANDE 28º

Interior

Prefeitura lamenta prisão de guardas e diz apoiar ação do Gaeco

Oito integrantes da Guarda Civil de Ponta Porã foram presos hoje na 2ª fase da Operação Deviare

Helio de Freitas, de Dourados | 31/01/2023 10:01
Policiais na sede da Guarda de Ponta Porã, onde foram feitas buscas, hoje cedo (Foto: Direto das Ruas)
Policiais na sede da Guarda de Ponta Porã, onde foram feitas buscas, hoje cedo (Foto: Direto das Ruas)

A Prefeitura de Ponta Porã lamentou que 15 integrantes da GCMFron (Guarda Civil Municipal Fronteira) sejam investigados por cobrar propina de pequenos contrabandistas na fronteira com Paraguai e por desviar armas e munições de traficantes.

Oito deles foram presos preventivamente nesta terça-feira (31), no âmbito da segunda fase da Operação Deviare, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Além dos mandados de prisão, o Gaeco cumpriu 17 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e na sede da Guarda Civil, na Rua Maracaju, centro de Ponta Porã.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do prefeito Eduardo Campos (PSDB), a prefeitura informou que oferece todo apoio necessário ao Ministério Público.

“Todo servidor que descumprir as normas legais será alvo de sindicância administrativa na esfera que nos compete e punido nos termos da legislação, observando sempre o contraditório e o direito à ampla defesa”, afirma a prefeitura. A Guarda tem 68 integrantes.

A primeira fase da operação foi desencadeada em setembro do ano passado, quando quatro guardas foram presos acusados de desviar armas e munições que estavam em depósito controlado por traficantes. O suposto desvio ocorreu em 2021.

Segundo o Gaeco, análise do material apreendido no ano passado revelou quadro de corrupção sistêmica por parte dos guardas municipais.

Os agentes são acusados de usar a função pública para obter vantagens indevidas de pessoas em situação ilegal, sobretudo de pequenos contrabandistas (“sacoleiros”). “Não raro, os guardas municipais também se apropriavam de cargas irregulares, a exemplo de cigarros e armas”, segundo o Gaeco.

Nos siga no Google Notícias