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Interior

Prefeitura quer de volta terreno de R$ 3 milhões doado à empresa chinesa

Executivo cobrou plano de instalação da indústria prometida para o município

Jhefferson Gamarra | 01/02/2022 16:16
Terreno doado pela prefeitura para a instalação da indústria (Foto: Divulgação)
Terreno doado pela prefeitura para a instalação da indústria (Foto: Divulgação)

A prefeitura de Maracaju, cidade a 160 quilômetros de Campo Grande, iniciou processo para tentar recuperar o terreno de 102 hectares avaliado em mais de R$ 3 milhões, doado a grupo de investidores chineses BBCA em 2015, através da Lei de Incentivos Fiscais.

Na última semana o prefeito em exercício da cidade Mauro Christianini, se reuniu com os dirigentes do grupo para que a empresa apresentasse planos de instalação no município, sob pena de retomada do terreno doado.

No inicio do processo de instalação no município, a empresa prometeu investimento de US$ 1,21 bilhão e geração de mil empregos em uma indústria de processamento de 200 mil toneladas de milho por ano somente na produção de amido e farelo do cereal. Ainda havia a expectativa de produzir ácido polilático, material utilizado em produtos biodegradáveis.

Reunião realizada entre membros do executivo municipal e representantes da empresa (Foto: Divulgação)
Reunião realizada entre membros do executivo municipal e representantes da empresa (Foto: Divulgação)

“Cobramos solução imediata para esse imbróglio que se arrasta por anos, trazendo prejuízos ao município que apostou nesta empresa como geradora de emprego e renda para nossa gente, agora, contando com o apoio da Câmara de Vereadores e o Conselho de Desenvolvimento, tomaremos medidas mais drásticas e definitivas, inclusive exigimos que seja cumprido o que foi acordado em 2014 quando a empresa apresentou seu plano de trabalho” explicou o prefeito.

Além dos 102 hectares cedidos pela prefeitura, o grupo comprou outros 170 hectares na época das negociações. O BBCA Group chegou a construir dentro dos 170 hectares comprados com recursos próprios dois armazéns que é utilizado na secagem de grãos como soja e milho após a colheita. Desde 2020, a estrutura que deveria abrigar a indústria está alugada por uma cooperativa local.

De acordo com a prefeitura de Maracaju, a empresa BBCA Brazil participou da reunião por videoconferência representada por um engenheiro e o advogado. A reportagem tentou contato com a grupo através do telefone que consta no site oficial, mas a chamadas não foram atendidas.

Em seu site, a empresa afirma que localizada em Maracaju, é responsável pela produção, pela engenharia de construção e gerenciamento da produção do projeto de processamento de milho.

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